A dança da cooperação | ||||||
Pessoas tendem a ser mais empáticas quando executam ações simultâneas | ||||||
Apesar de permear nosso cotidiano, a sincronia implicada na cooperação não tem nada de trivial. Tal associação é construída apenas durante a interação propriamente dita – é por isso que ninguém aprende a dançar consultando livros ou sites na internet. Pioneiros nessa área, os psicólogos cognitivos Simon Garrod, da Universidade de Glasgow, e Martin Pickering, da Universidade de Edimburgo, investigaram o papel da fala como instrumento de coordenação. Eles observaram que, enquanto executam ações sincronizadas, as pessoas tendem a concordar rápida e involuntariamente sobre conceitos comuns. Exemplo: dois indivíduos, enquanto realizam uma ação conjunta, discutem a cor de uma gravata. Quando um deles diz que a peça é verde, o outro não demora muito para concordar, mesmo que a gravata seja de fato azul. Esse acordo tácito simplifica muito o entendimento. Os experimentos dos pesquisadores escoceses mostraram também que a estrutura da frase e até mesmo a entonação da fala passam por ligeiras alterações para que a conversação flua sem obstáculos. Muitas vezes, porém, a cooperação exige algum esforço para garantir que as pessoas não reajam na hora errada, ou seja, na vez do outro. É preciso certo grau de sensibilidade para perceber o outro e alternar a fala e a escuta durante uma conversa, ao tocar as teclas no momento exato num duo ao piano ou durante uma dança, por exemplo. |
Exposição de experiências em Psicologia, espaço para discussões, informações para estudantes de psicologia sobre a realidade atual, questões típicas da área, trocas entre profissionais em atuação e acadêmicos.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Por Quê? Pessoas tendem a ser mais empáticas quando executam ações simultâneas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário