domingo, 2 de junho de 2013

A invenção do amor....A DIFERENÇA DO TER E DO SENTIR....

A invenção do amor....A DIFERENÇA DO TER E DO SENTIR....




Vítimas preferenciais de cafajestes: mulheres (emocionalmente meninas) arrogantes o suficiente (ainda que não o saibam) para achar que podem mudar a jeito de outra pessoa. Resumindo: jogadoras passivas.

VÍTIMAS DE CAFAJESTES: 7 DICAS PARA SABER SE VOCÊ SERÁ UMA


Levantei uma frase que causou comoção no facebook e gostaria de explicar mais meu pensamento.

A típica mulher que vê probabilidade amorosa em tudo. Como ela é meiga
A frase:

Vítimas preferenciais de cafajestes: mulheres (emocionalmente meninas) arrogantes o suficiente (ainda que não o saibam) para achar que podem mudar a jeito de outra pessoa. Resumindo: jogadoras passivas.

Não é de hoje que as mulheres adoram se queixar de homens sacanas que pintam e bordam com seus coraçõezinhos frágeis.
Não duvido que existam homens mentirosos, de caráter duvidoso e realmente interessados em bagunçar com a mulherada sem dó.
Digo o mesmo quanto as crimes que acontecem em qualquer lugar. Os bandidos estão aí, mas o que leva uma vítima ser vítima? Em função disso surgiu uma ciência dentro da criminologia chamada vitimologia que em essência é o estudo do que predispõe ou facilita uma pessoa mais facilmente ser feita de vítima. Não é atribuição de culpa, mas de um repertório comportamental, social e psicológico que uma pessoa tem que coloca ela num grupo de risco criminal.
Pessoas que tem uma visão de mundo com escassez, que poucos se dão bem (ela também poderia), que acredita na sorte e são crédulas costumam ser alvos fáceis de golpistas baratos que vendem um cartão premiado.
No caso dos cafajestes existe uma série de características que predispõe uma mulher a ser mais facilmente conduzida a ser “enganada” e ter seu coração partido. É uma complementaridade entre o homem e a mulher, nunca um lado só da moeda, sempre co-participação.

1- Crença de que pessoas mudam com um esforço da mulher
A velha crença de que a mulher pode dar um jeito em tudo induz muitas a pensarem que basta uma meia dúzia de ações mágicas e muito amor no coração para engajar um homem a se converter num “bom homem”. Ninguém muda um comportamento pelo esforço de outra, a não ser pelo próprio e se isso faz sentido para ela.
Aquele sonho de que a dedicação à alguém pode realmente transformar a personalidade de outra pessoa é fictícia, dentro ou for a do casamento.
2- Ideia de que relacionamento é dificuldade do homem
Muitas dizem que os cafajestes tem medo de um relacionamento ou não querem se entregar. Sinto muito isso é o que ela gostaria de acreditar. Se for uma mulher realmente impactante na vida dele pode até gerar um desconforto e ele resolver descer naquela estação de vez. Mas se ele não tiver vontade, pode ser alguém fantástico e nada acontecer. Quando vocês dizem “ele não quer se entregar” eu traduzo como “ele só quer transar, sem rastros, e vc deve ser nota 3 (no máximo 5) no conceito dele”
3- Não pode haver incompatibilidade
O cara simplesmente não gostou de você, e daí? E daí que mulher nenhuma está acostumada a ver a si mesma como alguém que mereça ser rejeitada. Muitas acham um ultraje serem recusadas depois de terem cedido tanto tempo, esforço e sexo. Se ela transou, deu presentinhos e disse que amava porque ele foi embora? Porque quis, oras, você não foi nada de especial para ele, paciência. Conforme-se, você não é a última maravilha do mundo. Ou já se esqueceu da infinita quantidade de homens que você já deixou de lado porque “não fazia seu tipo”.
4- Sou perfeita, como assim?
Bonita, inteligente, educada, de boa família, isso resume uma mulher perfeita? Paris Hilton também é assim. E por esse motivo qualquer homem deveria parar o que está fazendo para cortejá-la e reverenciar seus dotes supremos? Não. Então existe uma certa prepotência em se achar especial e capaz de converter qualquer um em namorado. Os melhores vendores de Ferrari podem fracassar na venda, porque você deveria emplacar sempre?
5- Credulidade em verdade agradáveis
O cafajeste seduz dizendo o que a mulher gostaria que fosse verdade… “vc é maravilhosa”. Ela sabe que não é, mas quer acreditar que seja e aceita o golpe. Bem difícil ouvir certa crueldades e sair em paz com aquilo. Você ouviria numa boa ele dizer: “você está gorda e é nota 3 no meu conceito, nunca vou ficar com você.”
Então, a ideia de decepção é bem relativo, afinal, qual o grau de honestidade que uma mulher suporta lidar. Se ele disser “quero transar com você e nada mais”, você apenas transaria e ficaria em paz? Ou ficaria dizendo que foi usada e coisas do gênero (mesmo transando)?
6- Promessas
Quem acredita em promessa é criança que espera o Papai Noel, quem é adulto, sabe que se existe uma discrepância entre fala e comportamento devemos confiar no comportamento. Então se ele diz que vem e não vem, que vai conhecer seus pais e não conhece, que vai te agir de modo diferente e não age você tem que apertar o botão EJECT. Sem dó. Não espere que algo irá mudar, pois com o tempo, sem a pressão da chantagem que você fez ele volta a fazer tudo como antigamente. Simples.

7- Arrogância
A arrogância que falei na frase está muito mascarada em formas de delicadezas femininas que elas não percebem. Mulheres inocentes são aquelas que sustentam uma fantasia de pureza, e querer ser puro é sinal da prepotência de estar além do bem e do mal. Mulheres despreparadas mantem a ilusão de que nada de mal pode acontecer com ela, fantasia de ser especial, arrogância também. E as sonhadoras nutrem a ideia de que existe um mundo encantado sem nenhum contratempo, arrogância.
Aquela ideia de ‎”mudar o homem para melhor” é bem prepotente também, pois o melhor é do lado dela. Ninguém perguntou se era o lado dele.
Agora o ponto que destaco é vocês, mulheres, querem mudar?
Fácil apontar e dizer: CAFAJESTE, difícil olhar para o espelho e dizer: DONA DO MUNDO.
Quer dizer que você tem que ficar azeda, amarga, arredia e refratária a todo homem eu digo que não, mas lúcida já é um bom começo.
Se você cai na conversa do cafajeste é porque ainda vive no mundo perfeito onde todos os seus sonhos podem se realizar. Você e o cafajeste estão enganados de si mesmos, no mesmo patamar.
Como eu disse é uma complementação, nada mais.

QUEM TERMINA É SEMPRE O VILÃO?

QUEM TERMINA É SEMPRE O VILÃO?


Um grande dilema que certas mulheres vivem é a de perceber seus parceiros completamente encostados na vida e se sentirem culpadas por desejar o rompimento de uma história morna e sem energia.
Será que é?
Será que é?
Quando ela imagina o término consegue quase prever as vozes de parentes (dos dois lados) condenando a decisão por considerá-la precipitada.
“Ele é tão bom para você!”
“Não se encontra homens tranqüilos assim em qualquer lugar”
“Casamento é assim mesmo tem que agüentar”
“Você é que tem que ajudá-lo a se encaminhar”
Percebem a aura de vilão que se cria sobre a mulher que deseja se separar de um namorado/marido passivo?
Ele não é um cara sacana, não trai, não cria confusão, mas também não faz nada demais, não faz diferença no mundo, nem errar ele erra. Chega a ser um cara sem personalidade, que não dá opinião em nada e nunca se posiciona em questões relevantes. Sua cara é de desconsolo e a frase favorita é: “você que quem decide”.
Na condução da casa, na educação dos filhos, nos impasses do relacionamento ele é uma presença-ausente. Só faz número.
No quesito profissional só reclama, fala mal do chefe, se queixa do salário mas nunca se mexe para além do mundinho dele.
Só se coça sob ameaça ou constrangimento moral e falta de sexo. É cansativo para a mulher que quer um parceiro de vida e não um pagador de contas (se é que paga).
Parece sempre cansado, desestimulado e empacado na vida. Nenhum programa é interessante a não ser visitas familiares em horários previsíveis. Qualquer acontecimento inusitado recebe um olhar cansado de criança que não quer entrar na loja de roupa.
Ela não vê nada de admirável naquele cara que é a sombra de um homem e ainda tem que transar e fingir que gosta. Até o ponto que nem isso rola. Pior de tudo, ele nem percebe que o problema é esse.
O mais torturante é que ele é um cara conformado e nao questiona nada. No fundo acha que está tudo bem e se questionado vai alegar satisfação. Assim é fácil.
Na hora que ela resolve romper ele toma um susto e ainda ouve condenações dos defensores do “maridão”. As amigas tentam assustar dizendo que os homens no mercado são uns trastes e que ela deveria se conter e se agarrar nos filhos.
Ela se sente a pessoa sem coração que olhará um homem desconsolado com o divorcio como um filho abandonado pela mãe.
Nessa hora vai tentar ser o homem que nunca foi. Flores encantarão o jardim e serão acompanhadas de entrevistas de emprego e declarações românticas.
A mulher ainda olha para isso com uma esperança vazia acompanhada de dó por ver um homem se debatendo na própria falência pessoal.
Quando percebe o rompimento definitivo chora como criança e nem sabe como recomeçar.
Esse cara de bom coração na verdade se revela bom por covardia e não por escolha moral. Ele não faz mal porque não faz nada, é passivo.
Quem vê de fora vai apontar o dedo para essa mulher dizer que ela é uma ingrata e assanhada. No fundo ninguém notou que ela entrou numa barca furada desde o inicio alimentada pela visão romântica de que um dia ele ia melhorar. Não melhorou e nem piorou ficou igual.
Essa constância torturante é que mata e matou um relacionamento que poderia ter sido e não foi…
Adoramos encontrar vilões e mocinhos. Só a mulher de fibra vai encarar ser mal vista por essa platéia tão deprimente quanto o marido e buscar sua felicidade.
Se vai encontrar um cara melhor ou pior? Que importa, aquele peso morto no meio da sala definitivamente não é a companhia que quer ter ao seu lado por toda a vida.
Ps: esse texto poderia ser dito sobre os homens em relação as mulheres.
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MECANISMOS DE DEFESA

MECANISMOS DE DEFESA


Em algum momento da sua vida já deve ter fingido (ainda que não voluntariamente) que não estava sentindo ou pensando algo que seria óbvio para qualquer um. Provavelmente isso aconteceu numa situação em que foi traído ou estava prestes a ser mandado embora ou deixado pela pessoa amada. Agora você vai entender como consegue fazer como os macaquinhos abaixo mesmo em situações que não poderia agir assim.

As vezes agimos assim diante do óbvio
A Psicanálise fez inúmeras contribuições para a Psicologia de modo geral, uma das inúmeras ideias formuladas por Freud [leia mais] e seus seguidores (em especial Anna Freud, sua filha) foi a ênfase dos mecanismos de defesa.
O pressuposto de que a mente se dividia em 3 facetas vai nos permitir entender melhor. O id que seria uma dimensão inconsciente e originadora dos impulsos mais primitivos de sobrevivência, agressividade e sexualidade. O Superego que é o “depósito” de toda a moralidade conservada pela educação e influência cultural que recebemos. E por fim o Ego que irá administrar os impulsos vindos do id, negociar com as restrições do Superego e tentar se adaptar à realidade que o cerca.
Já fica bem claro que a ideia de que somos muito originais, cheios de uma personalidade própria e única cai por terra. Nossa mente é um punhado de contrariedades.
Os mecanismos de defesa seriam uma tentativa inconsciente do ego adaptar e amortecer os impactos desejos e sentimentos inaceitáveis para que eles se expressem de maneira menos desastrosa. Pela intensidade dos impulsos e as condições do ambiente surgem mecanismos mais rústicos e adaptativos e outros mais doentios e alienantes. Isso determina o maior ou menor grau de patologia de uma pessoa. Inevitavelmente eles são utilizados para diminuir o efeito doloroso que se passa na mente de alguém. Quanto mais rígida e bruta ela for emocionalmente mais será propensa a utilizar esses recursos que eclipsam uma realidade interna ou externa difícil.
  1.  Repressão: É a tentativa de fazer desaparecer da mente os impulsos ameaçadores ou sentimentos e desejos vistos como inoportunos e desagradáveis. Freud considerava essa a rainha das defesas e comuns a quase todas pessoas. Ex: quando a pessoa não se dá conta que está com raiva, mesmo que seja evidente pela fisionomia. [leia mais]
  2. Racionalização:  sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral. Ex: quando alguém tenta explicar sua obsessão por doenças dizendo que se preocupa com a saúde [leia mais]
  3. Projeção: quando um impulso muito inaceitável e atribuído a outra pessoa. Ex: quando é difícil aceitar que somos invejosos e passamos a achar que todos nos invejam ou quando uma pessoa está com raiva e passa a achar que todos estão contra ela. [leia mais]
  4. Deslocamento: é quando um sentimento ou impulso é transferido de uma parte para um todo e vice-versa. Ex: quando a mulher tem uma experiência ruim com um homem e diz que todos os homens não prestam. Quando escolhemos uma pessoa amada com a característica original dos nossos pais. [fetiches]. Quando uma pessoa que foi abusada desloca o medo do agressor para uma fobia de uma figura inicialmente inofensiva (palhaço). [leia mais]
  5. Anulação: quando a pessoa tem uma ação que visa apagar o rastro do impulso ou ação anterior, como num ato mágico. Ex: bater na madeira quando se tem um desejo inaceitável ou faz o sinal da cruz quando tem um pensamento ruim. Tem pessoas que acham que o pedido de desculpa deveria anular imediatamente a ação destrutiva anterior. [leia mais]
  6. Fantasia: quando a pessoa cria uma imagem ou história que traga uma satisfação de um impulso originariamente frustrado. Ex: masturbações com a vizinha gostosa impossível. [leia mais]
  7. Identificação: é quando absorvemos (ou copiamos) um comportamento de outra pessoa em nossa própria personalidade. Ex: quando um filho cresce e age da mesma maneira opressiva que os pais. [leia mais]
  8. Regressão: é quando a mente regride a estágios mais primitivos. Ex: quando uma pessoa fica com ciúme ou brava e age de forma birrenta como uma criança de 3 anos.[leia mais]
  9. Isolamento: é quando um sentimento fica separado ou desligado do acontecimento original. Ex: quando fomos agredidos por alguém e depois de um tempo só sentimos uma raiva que não sabemos do que. Ou quando contamos um acontecimento traumático sem nenhuma (aparente) emoção. [leia mais]
  10. Negação: é quando se bloqueia o reconhecimento de uma verdade incontestável (dolorosa ou inoportunamente prazerosa). Ex: pais que se recusam a lidar com a sexualidade dos filhos (ou simplesmente perceber que cresceram). Ou quando uma pessoa não assume que pode ter sentimentos afetivo-sexuais por um membro da família.
  11. Somatização: quando a pessoa transfere para o corpo (em forma de dores e doenças) sentimentos e desejos originalmente inaceitáveis.Ex: pessoas que estão sempre doentes porque não admitem suas carências afetivas e sexuais. [leia mais]
  12. Formação Reativa: é quando se adota um comportamento exatamente oposto ao impulso original. Ex: mães superprotetoras que compensam uma culpa ou raiva inconsciente contra o incômodo e a intrusão dos filhos em sua vida ou a pessoa grudenta que não percebe quão raivosa está daquela que diz amar. [leia mais]
  13. Compensação: quando a pessoa hipervaloriza uma característica que originalmente considera deficitária. Ex: uma pessoa que se sente sexualmente inferiorizada e tenta fazer compensações financeiras ou excessivamente afetivas. [leia mais]
  14. Expiação: quando uma pessoa infringe um padecimento físico, emocional ou social para “pagar” algum pensamento ou ação que considerou inaceitável. Ex: quando uma pessoa tem uma postura ruim (inconsciente) no trabalho e é mandada embora como forma de pagar por ter agido mal com uma pessoa querida. [leia mais]
  15. Introjeção: quando a pessoa traz para si os sentimentos e traços de outra coisa ou pessoa. Ex: quando está diante de uma pessoa importante e ela própria se atribui importância e brilhantismo pessoal sem o ser (comum nos puxa-sacos). Ou um religioso que basta estar num templo para se sentir instantaneamente um ser especial.[leia mais]
  16. Idealização: quando uma característica ou qualidade de uma coisa ou pessoa é levado à perfeição como forma de obscurecer traços desagradáveis. Ex: pessoa que iludidamente atribui uma perfeição na pessoa amada (muito comum na fase de paixão)[leia mais]
  17. Reparação: tentativa de devolver a unidade de uma imagem que se fragmentou ou danificou.Ex: processo de luto em que se tenta superar a morte de uma pessoa por meio de rituais religiosos ou de devoção (positivo). Ou quando uma pessoa tenta agir como se tudo estivesse bem após uma separação amorosa de forma eufórica (negativa) [leia mais]
  18. Sublimação: (saudável) quando há um desvio e descarga de um impulso inoportuno para uma atividade socialmente aceita, mas que não deixe rastros de ressentimento ou sofrimento. Ex: pugilista ou cirurgião que dirigem sua agressividade para uma prática esportiva ou de cura. Uma pessoa que canaliza seus desejos sexuais para uma atividade voluntária  ou religiosa. [leia mais]
  19. Humor: (saudável) quando procura-se relativizar um sentimento ou comportamento inaceitável se divertindo consigo mesmo (quando não configura uma negação). Ex: quando um doente recém quimioterapeutizado brinca com sua queda de cabelo. [leia mais]
  20. Transferência: é um tipo específico de projeção sobre a figura de um cuidador (médico, psicólogo, líder religioso) de impulsos sexuais que tinham uma conexão original com a figura dos pais. Ex: pacientes que se apaixonam e idolatram (ou odeiam) a figura do terapeuta mesmo sem o conhecer profundamente. [leia mais]
Falo mais sobre como esses mecanismos interagem no nosso cotidiano no livro “Por que fazemos o mal?”.

O serial killer


O serial killer


Caso do rapaz Luan Barcelos da Silva de 21 anos, assassino confesso de seis taxistas entre Porto Alegre e Santana do Livramento no Rio Grande do Sul, deixou uma dúvida: como um ser humano chega a este ponto? Eu explico.
O que é um serial killer? É um sujeito que comete uma sequência de pelo menos três crimes, com intervalo de tempo (seja de horas, dias, meses e até anos) e que apresenta algum tipo de padrão de atuação focado em um perfil específico que (no seu emocional) o causou algum dano grave. No caso de Porto Alegre e Santana do Livramento o padrão implicava em taxistas, com uso de arma de fogo calibre 22 e tiro à queima-roupa na cabeça das vítimas. Luan pegava um táxi, como um passageiro qualquer e, após certo tempo, simplesmente matava o motorista. Detalhe o avô é taxista aposentado!!!!!
Através da psicanálise é possível salientar que os crimes cometidos por um serial killer causam alta descarga de prazer no ato de matar, gerando certa sensação de orgasmo, semelhantemente ao ato sexual. Assim como, dependendo do seu transtorno e perfil patológico, atuam na tentativa de se livrar de um processo de ansiedade e angústia geradas pelas suas fantasias obsessivas no seu imaginário em detrimento do seu alívio. Há também prazer em controlar o seu objeto de desejo, no caso, suas vítimas. O ‘tchan’ não está na violência em si, mas sim no jogo de envolvimento/persuasão/manipulação.Características principais: mentira, desonestidade, consciência de que seus atos são proibidos, ódio pela lei e regras em geral, frieza, ausência de culpa, descaso pelo outro, crença de que está acima da lei, inteligência, simpatia ou introversão, sadismo e perversão sexual.
crimes
Geralmente os serial killers demonstram três comportamentos pontuais durante a infância, conhecidos como a tríade MacDonald: enurese noturna (urinar na cama), grande apreço por fogo – vezes até causando incêndios e crueldade com animais. A origem de tudo: pode-se afirmar que este sujeito reflete, enquanto consequência, famílias desestruturadas caracterizadas por separação traumática dos pais, sofrimento de abusos físicos, sexuais e emocionais, bem como negligências e/ou excessos dos seus principais referenciais.  Isto não é uma regra, apenas dados estatísticos. Pela teoria psicanalítica, a influência de um ambiente consideravelmente problemático implicaria diretamente em um descompasso na formação do indivíduo. Logo aqueles que tiveram interferência ou até mesmo interrupção em determinadas fases naturais de sua vida, portanto, teriam sua formação comprometida em certo grau de desequilíbrio. No caso dos assassinos em série, o seu histórico familiar exerce atuação direta na sua personalidade e conduta criminosa. Duvida? Então te convido a assistir o documentário “A Ira de um anjo” gratuitamente no youtube e entenderá como isto acontece na prática.
Resumindo: a criatura não se torna um assassino em série em um passe de mágica ou por apenas ter mudado a fase da lua. É algo que se constrói ao longo de todo um período e se você exerce o papel de pai e mãe, por favor, reflita profundamente no perfil de criação que você pratica. Não há regras, modelos prontos e muito menos um “manual prática de como educar os seus filhos”, no entanto, há diversas maneiras de se buscar apoio para se delinear o melhor o caminho possível. Esta é uma responsabilidade muito grande que exige diversos elementos como, por exemplo, a ausência de ‘achismos’. #Pensenisso.
Grande abraço,

7 motivos para o seu casamento dar errado


7 motivos para o seu casamento dar errado


Impressionante como ainda hoje existem diversas pessoas que, para aliviar a sua ‘culpa’, se apoiam naquele velho prisma de que homens são X e mulheres são Y, e que por isso casamentos não dão certo. De fato, são universos diferentes com as suas particularidades, no entanto, homens e mulheres são, acima de tudo, seres humanos (lembra?). E muito capazes de jogarem mais do contra do que a favor.
A condição de casamento está muito além dos papéis no civil e do ritual religioso. Morar sob o mesmo teto exige uma gama de elementos que nem sempre estamos dispostos a oferecer ao outro. E numa boa, nem para si mesmos. Desprender-se das suas fantasias infantis demanda esforço e você não está afim de sair da sua zona de conforto. Deseja, entre outras coisas, que o outro tenha uma bola de cristal. Parabéns, seu casamento irá por água abaixo. Duvida? Veja 7 motivos para o seu casamento dar errado:
felizes
  1. Viva o conto de fadas – crie sozinho a expectativa de que o outro é a sua tábua de salvação e que, como nas histórias infantis e comerciais de margarina, viverão felizes para sempre totalmente ilesos de problemas e dificuldades, e que farão o melhor sexo do mundo todos os dias.
  2. Seja egoísta – coloque os seus desejos e necessidades em primeiro lugar, acredite que o outro deve girar somente em torno de você, do que você quer, do que você acha, pense apenas no seu ‘eu’ e não no ‘nós’ e, de preferência, dê uma incrementada: faça birra, cara amarrada, resmungue o tempo todo e use e abuse de apelos emocionais.
  3. Seja intolerante e inflexível – desmereça a opinião do outro, adote a postura de detentor da verdade universal, esteja sempre certo, jamais aceite um posicionamento diferente do seu e não respeite as diferenças. Complete com o desejo de ser perfeito e ao perceber que não é, alimente com todas as forças o seu sentimento de culpa.
  4. Pratique a competição – veja o seu parceiro como o seu concorrente que estará sempre te enganando ou escondendo alguma coisa. Alguém que quer ser superior a você. E você, claro, não poderá ficar para trás, e logo encontrará uma forma de dar o troco e passá-lo na frente.
  5. Se compare com os seus pais – se os seus pais se separaram: você desesperadamente provará para o mundo que você é diferente e que o seu casamento dará certo (com qualquer um) de alguma maneira. Se os seus pais estão juntos: você desesperadamente tentará repetir a fórmula fazendo exatamente o que eles fazem, acreditando que somos todos iguais.
  6. Sofra em silêncio – não abra a boca para expor o que te incomoda. Não tente conversar e nem ser sincero. Se feche no seu mundo interior e acredite piamente que tudo irá se resolver milagrosamente sem que você precise mover uma palha. Ah, e se rolar um ciúme doentio, fica bem melhor o seu sofrimento.
  7. Seja ridículo – dê um “piti” quando tiver bebido umas a mais, vomite na cara do outro com muita agressividade as suas paranoias, não divida os compromissos do casal, seja controlador, invada a conta do facebook, questione sobre todos ao redor do outro com frequência, faça cobranças excessivas e passe longe da dupla adaptação e paciência.
Você realmente quer que dê certo a sua relação? Até que ponto você está disposto a ser mais forte do que suas inseguranças, medos, traumas e complexos? Até que ponto você consegue dizer não para a sua linda zona de conforto? Fica uma dica: não perca o outro para você mesmo. Preciso dizer mais?!
“Aquilo a que você resiste, persiste. Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são.” Carl Jung
#Pensenisso.
Grande abraço,

A inveja é um espelho que revela uma parte de quem somos.


A inveja é um espelho que revela uma parte de quem somos.


Muito antes do surgimento da psicanálise, a inveja era tida como um dos maiores problemas da humanidade. Para o escritor inglês Geoffrey Chaucer a inveja se entristece com a bondade e prosperidade dos outros, mas se deleita com a desgraça alheia. Sim meus amigos, a singularidade da inveja implica em NÃO ter um fim positivo.
Kate Barrows, psicanalista didata da Sociedade Psicanalítica Britânica, descreve uma questão importante e, muitas vezes, usada erroneamente pelas pessoas. Confunde-se inspiração com inveja e é aqui que se percebe o uso de expressões como “tenho inveja de você no bom sentido” ou “inveja branca”.
Inspiração é aquela emoção que NÃO tem caráter nocivo, prejudicial e consiste em determinada aflição decorrente de uma admiração que faz o indivíduo se conscientizar das suas deficiências, no entanto, por imitação, pode levar o sujeito a motivar-se a transformações e mudanças em geral na sua vida bem como a aceitar suas próprias limitações e NÃO apresenta fatores destrutivos. Traduzindo: “invejo-admiro em você as virtudes, as habilidades e beleza, mas não significa necessariamente que eu queira destruí-las.”
inveja
A palavra inveja deriva do latim invidere que significa não ver. A inveja é “a sensação de desconforto, raiva e angústia perante a constatação de que outra pessoa possui objetos, qualidades, relações que o indivíduo gostaria de ter, mas não tem. A inveja pode ser importante fonte de sofrimento em indivíduos imaturos, extremamente neuróticos e com transtorno de personalidade. Além disso, a inveja intensa pode ter efeitos devastadores nas relações interpessoais.” (Paulo Dalgalarrondo, 2000).
“o ódio intrínseco na inveja afeta o homem de tal modo que ele se entristece com a felicidade de outrem e também, ao contrário, se alegra com o mal de outrem.”
A inveja é um sentimento complexo alimentado por uma gama de estados emocionais como: inferioridade, abandono, baixa estima, egoísmo, incapacidade, ódio, raiva, vazio interior, frustração, insegurança, complexos, entre outros, e possui um caráter destrutivo. O mecanismo responsável é a comparação.
fuck yoouNo seu emocional, o sujeito invejoso diante do seu desequilíbrio, deseja destruir, no mundo real ou no seu universo imaginário, o seu objeto invejado, por não suportar tais sensações. Traduzindo: “você tem (ou é) fatores que eu admiro e gostaria de ter (ou ser) e é feliz, logo, é melhor do que eu. Não aceito, não admito e não quero que você seja feliz já que eu não sou. Quero te destruir, pois se eu não sou feliz, ninguém será.” Buenas, o invejoso tem grande interesse na vida alheia e é geralmente muito bem acompanhado de solidão, culpa, tristeza e orgulho. Muitas vezes tem dificuldade em aceitar ajuda por acreditar que o outro é melhor do que ele e deseja diminuí-lo.
A simples paz de espírito de outra pessoa pode ser motivo de inveja. Atenção: às vezes ela encontra-se disfarçada de fofoca e críticas destrutivas.
O fato é que a inveja existe e está presente em todas as esferas do relacionamento humano, manifestando-se em vertentes do nosso quotidiano entre amigos, colegas e/ou até familiares. Está lá, viva e pulsante, aguardando a “grande oportunidade” de se satisfazer. Libertar-se dela exige um grande esforço. Dica: acomodados são inimigos de todo e qualquer esforço, seja qual for.
Proteja-se da inveja preservando sua vida e jamais deseje o mal, e muito menos dar o troco. Mantenha-se centrado na sua verdade interior e afaste-se, dentro do possível, da negatividade. Acredite sempre em você, seja seguro e firme. Assim, será difícil tornar-se vítima de um invejoso. E ele continuará vivendo trancado no seu mundinho medíocre, apenas te assistindo como um mero espectador frustrado.
Grande abraço,