O conceito conflito representa uma tensão que envolve pessoas ou grupos
de pessoas quando existem tendências ou interesses incompatíveis.
Assim
só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de
modo a justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre
pais e filhos, patrões e trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora
do conflito é o estado de insatisfação das partes, insatisfação essa que
pode ter múltiplas origens como por exemplo, a divergência de
interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos
escassos, a competição pelo poder, etc.
No entanto, o conflito social
é entendido como um núcleo de mudança e das dinâmicas sociais,
tratando-se o conflito de uma manifestação das interacções sociais. O
agravamento tal como o atenuamento do conflito vai depender das relações
internas de cada grupo, pode aumentar ou diminuir se s desenvolverem
atitudes de provocação ou de conciliação.
Devemos aceitar os
conflitos como realidades do nosso mundo social e acabam por impedir a
estagnação e promove novas ideias e novos ideais, podendo a sua
consequência representar um modo mais adequado e dinâmico de integrar a
sociedade.
Para que haja uma superação dos conflitos não basta o
simples contacto entre grupos hostis, implica essencialmente um contacto
que envolve cooperação, entreajuda e a interdependência de modo a
construir um maior sucesso na finalidade visada. É importante que por
cooperação entendamos uma acção conjunta e concentrada que envolve a
colaboração dos envolvidos para se atingir um objectivo comum. Existem
ainda outras formas de superação de conflitos que passo a fazer uma
breve referência. A submissão, que acontece quando um grupo sede às
exigências do outro; a mediação, que pressupõe a existência de um
mediador (elemento neutro) que vai promover a comunicação entre as
partes; a dominação, verifica-se quando um dos grupos impõe
unilateralmente a solução ao outro; a negociação, visando impedir a
confrontação directa, a negociação implica cedências e exigências
mútuas, os grupos constroem um acordo e por último a inacção, em que os
dois ou um dos grupos resolve não agir e esperar que o tempo resolva o
conflito.
Porém, nos dias de hoje são dominantes as soluções que
assentam sobre a cooperação, a mediação e a negociação. Deste modo, a
forma como se aborda um conflito pode decidir, em grande parte das
situações, a segregação ou a integração.
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