O filme constitui uma boa introdução ao problema filosófico da natureza do conhecimento, na medida em que nem tudo o que John Nash conhece e acredita que faz é real. Muitos acontecimentos e pessoas são criações da sua mente, não saber o que é real ou fantasia provoca estranheza e dor. O conflito com a sua própria mente leva-o a descobrir e a aceitar que algumas das pessoas queridas que o acompanhavam há longo tempo eram apenas produto das suas alucinações.
Ao abandonar a medicação, pois os neurolépticos reduziam, consideralvelmente, as suas capacidades intelectuais e físicas, John Nash recorreu à terapia cognitiva. Inicia, então, um processo de confrontação com as suas próprias fantasias para conseguir distinguir o delírio da realidade.
Exemplo disso é a cena em que percebe, que se a sobrinha de Charles nunca cresce, logo não poderá ser real.
O realizador faz com que o espectador, durante grande parte do filme, também não saiba, exactamente, o que é real e o que é fantasia do protagonista.
A partir do que foi referido podem surgir questões do tipo:
- O sujeito cognoscente conhece uma realidade objetiva, distinta e separada dele?
- Ou conhecerá apenas representações por ele construídas do real?
- Ou conhecerá apenas representações por ele construídas do real?
Nenhum comentário:
Postar um comentário