O que caracteriza uma autoestima saudável?
Uma autoestima saudável é uma imagem, em grande parte, exposta. Isto é, uma imagem pouco protegida, pois não é necessário se resguardar, já que sua base é forte. Não precisa da proteção da timidez ou do egocentrismo, nem da escravização pelos demais. Não usa uma armadura apertada porque evolui e cresce com nós mesmos.
Da mesma forma, uma autoestima saudável carece da cegueira e da competitividade que partem do egocentrismo. É vulnerável para permitir que os sentimentos cheguem à sua própria essência, para fazer parte de sua configuração, e é justa, tanto com as falhas quanto com os acertos, e leva em conta o valor da intenção.
Dela parte o amor, a generosidade, a entrega, porque nela está escrito que também temos algo valioso para dar. Algo que pode fazer uma família melhor, ou um grupo de amigos, quem sabe a sociedade ou o mundo inteiro. Finalmente, como somos conscientes desse valor, nos permitimos receber o agradecimento que nos enviam ou que, inclusive, nós mesmos nos damos.
Como podemos conseguir uma boa autoestima?
A relação que descrevemos até este ponto,
com o resto de elementos de nossa vida,
é bidirecional.
Assim, o mesmo que provoca uma boa autoestima é o que permite que ela cresça e se mantenha forte.
Escolher acertadamente os objetivos que escolhemos enfrentar, de maneira que, no caminho, possamos potencializar nossas forças e trabalhar nossos pontos fracos, pode ser um dos primeiros passos. A maioria destes desafios não devem ser nem muito pequenos nem muito grandes; devem nos exigir um esforço, mas não o sacrifício da metade da nossa vida.
Se pensarmos que a realização do nosso objetivo está muito longe no tempo, é bom que coloquemos pequenas metas intermediárias que nos deem satisfação ao serem alcançadas. Por outro lado, é bom que as combinemos com atividades alternativas, já que serão uma boa via de escape temporal quando algum revés acontecer.
Além disso, mova-se. Tenha saúde e deixe que o corpo se expanda e se reconcilie com a natureza. Quando fazemos isso, é como se agitássemos a caixa de nossos pensamentos, utilizando a simples ação da gravidade para que eles desfaçam o emaranhado em que estão.
Por outro lado, e continuando com o exercício, nos tornarmos obsessivos com nossa imagem não vai nos ajudar em nada. No entanto, cuidar dela e receber a gratificação de ter um bom aspecto exterior também pode ajudar na nossa autoestima.
Nossa imagem junto a dos demais
Como dissemos ao princípio, existe um mundo paralelo de imagens em nossa mente. Seguindo essa linha, vimos como uma imagem muito particular deste monte, tão singular e tão diverso, é a nossa autoestima.
Este reflexo, a autoestima, não só nos dá uma ideia de quem somos, mas também de quem somos na frente dos demais; e aqui é que aparece o paradoxo, já que são precisamente nossos amigos, familiares e conhecidos os que condicionam o ângulo com o qual nos posicionamos na frente do espelho.
Saber calibrar e dar a importância necessária para as opiniões que nos dão vai ser o último – e talvez o mais importante – dos fatores para ter uma boa autoestima. Assim, escolher e ponderar muito bem a relevância do feedback exterior vai abonar o campo para que construamos uma autoestima de raízes fortes e pele vulnerável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário