quarta-feira, 25 de abril de 2012

Por Quê? Quando a saudade bate eu vou pro mar.

                                               
Quando bate a saudade
Eu vou pro mar
Fecho os meus olhos
E sinto você chegar
Você, chegar...
Psicon! Psicon! Psicon!
Quero acordar de manhã
Do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado
No teu seio aconchegado
Ver você dormindo
E sorrindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim...
Quero!
Quero acordar de manhã
Do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado
No teu seio aconchegado
Ver você dormindo
É tão lindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim...
      

domingo, 22 de abril de 2012

Por Quê? Amar Só Vc!

                                                             Fecho os olhos e sinto vc!
                                          Me sinto dentro de um redemoinho de borboletas!
                                                          Este lugar vai ser sempre seu...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Por Quê? Filme: Um Método Muito Perigoso.

Um Método Muito Perigoso: Resenha, Estreia, Trailer e Fotos do Filme


um metodo perigoso Um Método Muito Perigoso: Resenha, Estreia, Trailer e Fotos do Filme
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……………Título original: A Dangerous Method
……………Diretor: David Cronenberg
……………Roteiro: Christopher Hampton, John Kerr (book), and 1 more credit »
……………Elenco: Michael Fassbender, Keira Knightley e Viggo Mortensen
……………Idioma: Alemão/Inglês
……………Estreia: 23 de novembro de 2011 (EUA)
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filme um metodo muito perigoso Um Método Muito Perigoso: Resenha, Estreia, Trailer e Fotos do Filme
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…………….Resenha:
…………….O filme é na verdade uma adaptação da peça de teatro “The Talking Cure”, sendo esse inclusive o nome inicial da produção. A obra do século conta a relação conturbada e perigosa entre o psiquiatra Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e seu mentor Carl Jung (Michael Fassbender). Os dois conhecidos como os pais da psicanálise se envolvem com a jovem russa Sabina Spielrein (Keira Knightley).
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um metodo perigoso1 Um Método Muito Perigoso: Resenha, Estreia, Trailer e Fotos do Filme
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…………….Segundo a história Sabina, uma linda mulher porém muito perturbada teria sido a primeira paciente dos psicanalistas e através da relação amorosa, psicológica e sexual nasceram boa parte das teorias e teses tão usadas nos dias de hoje.
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um metodo muito perigoso Um Método Muito Perigoso: Resenha, Estreia, Trailer e Fotos do Filme
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…………….Um filme forte, intenso porém muito bem produzido. Através de um jogos psicológico e de cenas difíceis de se retratar no cinema o filme deixa à mostra todo o talento muito bem escolhido. Vale chamar a atenção para o excelênte trabalho de Keira Knightley, a atriz britânica que dá a vida brilhantemente a perturbada Sabina.
…………….
..O que você achou da resenha??? Deixe o seu comentário.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Por Quê? O Contexto do Jung.

Biografia de Carl Jung

Carl Jung (1875-1961)

   Freud chegou a considerar Carl Jung o seu substituto e herdeiro do movimento psicanalítico, chamando-o de "meu sucessor e príncipe coroado" (apud McGuirie, 1974, p. 218). Depois do rompimento da amizade entre os dois, em 1914, Jung desenvolveu a *psicologia analítica, em oposição a grande parte do trabalho de Freud.

A Biografia de Jung

   Talentoso Yodeler - cantor à moda dos montanheses suíços e tiroleses, Jung foi criado em um vilarejo no nordeste da Suíça, próximo a famosa queda do Reno. Ele próprio foi responsável por sua infância solitária, isolada e infeliz (Jung, 1961). Seu pai, religioso que aparentemente teria perdido a fé, era irascível e rabugento. Sua mãe sofria de distúrbios emocionais, exibindo um comportamento excêntrico, passando em um instante de uma esposa feliz para uma mulher endemoniada e incoerente, falando coisas sem nenhum sentido. Um biógrafo chegou a comentar que "todo o lado da família materna parecia apresentar traços de insanidade" (Ellenberger, 1978. p. 149). Jung aprendeu desde cedo a não confiar nem acreditar nos pais, por analogia, a desconfiar do resto do mundo. Saía do universo consciente da razão para mergulhar no dos seus sonhos, visões e fantasias, ou seja, no seu inconsciente. Esse tipo de fuga dirigiu a sua infância, e assim seguiu até a vida adulta.

   Nos momentos difíceis, Jung resolvia os problemas e tomava decisões baseado no que o inconsciente lhe dizia por meio dos sonhos. Quando estava para ingressar na universidade, um sonho revelou-lhe a carreira que seguiria. Ele se viu desenterrando ossadas de animais pré-históricos em um local bem abaixo da superfície terrestre. Interpretou como sendo um sinal de que ele devia estudar algo relacionado à natureza e à ciência. Uma lembrança que teve dos três anos de idade, quando sonhou estar em uma caverna subterrânea, previa seu futuro como estudioso da personalidade. Jung viria a dedicar-se ao estudo das forças inconscientes enterradas bem abaixo da superfície da mente.

   Jung frequentou a University of Basel, na Suíça, formando-se em medicina, e, 1900. Estava interessado em psiquiatria e sua primeira indicação profissional foi para trabalhar em um hospital de doentes mentais em Zourique. O diretor do hospital era Eugen Bleuler, um psiquiatra famoso por seu trabalho sobre a esquizofrenia. Em 1905, Jung foi indicado para ser o professor de psiquiatria na University of Zurich, mas demitiu-se vários anos depois para dedicar-se a escrever, pesquisar e atender pacientes particulares.

   No atendimento aos pacientes, diferentemente de Freud, Jung não pedia que seus pacientes deitassem no divã, comentando que não era seu desejo colocá-los na cama. Jung e o paciente sentavam-se em confortáveis poltronas, um de frente para o outro. Às vezes ele realizava as sessões de terapia a bordo do seu barco a vela, aproveitando o vento forte do lago, velejando feliz. Algumas vezes chegava até a cantar para seus pacientes. No entanto, outras vezes, chegava a ser deliberadamente rude. Nessas ocasiões, quando um paciente chegava para a consulta, Jung dizia: "Ah, não! Não aguento ver mais ninguém. Vá para casa e cure-se sozinho, hoje" (apud Brome, 1981, p. 185).

   Jung interessou-se pelo trabalho de Freud, em 1900, quando leu The interpretation of dreams, considerando-o uma obra prima. Por volta de 1906, os dois começaram a se corresponder e, um ano depois, Jung viajou para Viena a fim de visitar Freud. O primeiro encontro dos dois durou 13 horas, um início bem animado para o que viria a se tornar uma relação íntima como a de pai e filho (Freud era quase 20 anos mais velho que Jung).
 

   A proximidade entre os dois pode ter envolvido elementos do complexo de Édipo, como propõe a teoria psicanalítica de Freud, com o desejo do filho de destruir o pai.  Outro fator complicador, que pode ter prejudicado a relação desde o início, foi uma experiência sexual vivida por Jung aos 18 anos.Um amigo da família, que ele via como uma figura paterna,teria assediado Jung sexualmente, que o teria repelido e imediatamente rompido a relação.Anos depois, quando Freud tentou assegurar que Jung daria continuidade ao movimento psicanalítico como ele previra, Jung rebelou-se contra o encargo, talvez sentindo novamente estar sendo dominado por um homem mais velho. Em ambos os casos, Jung ficara decepcionado com a sua escolha de figura paterna. Talvez por causa do primeiro incidente Jung não conseguisse manter a íntima relação emocional desejada por Freud (Alexander, 1994; Elms, 1994).

   Ao contrário da maioria dos discípulos da psicanálise, Jung já construíra uma reputação profissional antes de associar-se a Freud. Era o mais conhecido entre os primeiros adeptos da psicanálise. Por isso, talvez ele fosse menos sujeito a se impressionar e sugestionar do que os jovens analistas membros da família psicanalítica de Freud, muitos dos quais ainda cursavam a escola de medicina ou a pós- graduação e eram indecisos em relação à identidade profissional.

   Embora durante algum tempo Jung se identificasse como discípulo de Freud, jamais deixou de expressar sua opinião. No início da relação entre os dois, tentou dirimir dúvidas e expressar suas objeções. Enquanto escrevia a obra The psycology of the unconscious (1912), comentou que estava enfrentando um problema, já que, quando o livro fosse lançado, a apresentação pública da sua posição significativamente diferente da psicanálise ortodoxa prejudicaria seu prestígio junto a Freud. Durante meses, Jung não conseguiu levar adiante seu projeto, tamanha a preocupação com a provável reação Freud. Evidentemente, acabou publicando o livro, e o inevitável aconteceu.

   Em 911, por insistência de Freud, e apesar da oposição dos membros vienenses, Jung tornou-se o primeiro presidente da Associação Psicanalítica Internacional. Freud acreditava que o anti-semitismo impediria o crescimento da psicanálise se o presidente do grupo fosse judeu.Os analistas vienenses, quase todos judeus, ressentiram-se e desconfiavam do jovem suíço Jung, que claramente era favorito de Freud. Esses analistas não apenas estavam a mais tempo no movimento, como também acreditavam que Jung tivesse visões anti-semíticas. Pouco tempo depois, a amizade entre Jung e Freud começou a exibir sinais de tensão e, por volta de 1912, os deixaram de se corresponder. Em 1914, Jung renunciou e deixou a Associação.

   Aos 38 anos, Jung fora acometido de problemas emocionais profundos que persistiram por três anos; Freud passara por um período de turbulência semelhante mais ou menos na mesma etapa da vida. Acreditando que estava ficando louco, Jung sentia-se incapaz de realizar qualquer tipo de trabalho intelectual ou até mesmo ler um livro científico. Pensou em suicídio e mantinha uma arma ao lado da cama "caso sentisse que havia chegado ao ponto sem retorno" (Noll, 1994, p. 207). É interessante observar que, mesmo durante essa crise, ele não deixou de atender seus pacientes.

   Resolveu o seu dilema basicamente da mesma maneira que Freud, confrontando a sua mente inconsciente. Embora não analisasse constantemente seus sonhos, como fazia Freud, Jung seguiu os impulsos inconscientes neles revelados, bem como nas suas fantasias. Assim como acorreu com Freud, esse período foi de intensa criatividade para Jung, levando-o a formular a sua teoria da personalidade.

   O interesse por mitologia o incentivou a realizar expedições de campo na África, na década de 1920, para estudar os processos cognitivos do indivíduo pré-alfabetizado. Em 1932, foi indicado para lecionar na Federal Polytechnical University, em Zurique, onde permaneceu por dez anos até que a fragilidade da sua saúde o obrigou a pedir demissão. Uma cadeira de psicologia médica foi criada para ele na University of Basel, na Suíça, mas a doença não lhe permitiu manter essa posição por mais de um ano. Durante grande parte da vida até os 86 anos, trabalhou ativamente, pesquisando e escrevendo, tendo publicado uma quantidade impressionante de livros.

*Psicologia analítica: teoria de Jung sobre a personalidade.

Por Quê? Carl Gustav Jung (1875-1961)

Carl Gustav Jung (1875-1961)

Carl Gustav Jung Carl Gustav Jung
Jung e Sua Obra
Carl Gustav Jung nasceu a 26 de julho de 1875, em Kresswil, Basiléia, na Suíça, no seio de uma família voltada para a religião. Seu pai e vários outros parentes eram pastores luteranos, o que explica, em parte, desde a mais tenra idade, o interesse do jovem Carl por filosofia e questões espirituais e o pelo papel da religião no processo de maturação psíquica das pessoas, povos e civilizações. Criança bastante sensível e introspectiva, desde cedo o futuro colega de Freud demonstrou uma inteligência e uma sagacidade intelectuais notáveis, o que, mesmo assim, não lhe poupou alguns dissabores, como um lar algumas vezes um pouco desestruturado e a inveja dos colegas e a solidão.
Ao entrar para a universidade, Jung havia decidido estudar Medicina, na tentativa de manter um compromisso entre seus interesses por ciências naturais e humanas. Ele queria, de alguma forma, vivenciar na prática os ideais que adotava usando os meios dados pela ciência. Por essa época, também, passou a se interessar mais intensamente pelos fenômenos psíquicos e investigou várias mensagens hipoteticamente recebidas por uma médium local (na verdade, uma prima sua), o que acabou sendo o material de sua tese de graduação, "Psicologia e Patologia dos Assim Chamados Fenômenos Psíquicos".
Em 1900, Jung tornou-se interno na Clínica Psiquiátrica Bugholzli, em Zurique, onde estudou com Pierre Janet, em 1902, e onde, em 1904, montou um laboratório experimental em que criou seu célebre teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico. Neste, uma pessoa é convidada a responder a uma lista padronizada de palavras-estímulo; qualquer demora irregular no tempo médio de resposta ou excitação entre o estímulo e a resposta é muito provavelmente um indicador de tensão emocional relacionada, de alguma forma, com o sentido da palavra-estímulo. Mas tarde este teste foi aperfeiçoado e adaptado por inúmeros psiquiatras e psicólogos, para envolver, além de palavras, imagens, sons, objetos e desenhos. É este o princípio básico usado no detector de mentiras, utilizado pela polícia científica. Estes estudos lhe granjearam alguma reputação, o que o levou, em 1905, aos trinta anos, a assumir a cátedra de professor de psiquiatria na Universidade de Zurique.
Neste ínterim, Jung entra em contato com as obras de Sigmund Freud (1856-1939), e, mesmo conhecendo as fortes críticas que a então incipiente Psicanálise sofria por parte dos meio médicos e acadêmicos na ocasião, ele fez questão de defender as descobertas do mestre vienense, convencido que estava da importância e do avanço dos trabalhos de Freud. Estava tão enstusiasmado com as novas perspectivas abertas pela psicanálise, que decidiu conhecer Freud pessoalmente. O primeiro encontro entre eles transformou-se numa conversa que durou treze horas ininterruptas.
A comunhão de idéias e objetivos era tamanha, que eles passaram a se corresponder semanalmente, e Freud chegou a declarar Jung seu mais próximo colaborador e herdeiro lógico, e isso é algo que tem de ser bem frisado, a mútua admiração entre estes dois homens, frequentemente esquecida tanto por freudianos como por junguianos. Porém, tamanha identidade de pensamentos e amizade não conseguia esconder algumas diferenças fundamentais, e nem os confrontos entre os fortes gênios de um e de outro. Jung jamais conseguiu aceitar a insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo em si.
O rompimento entre eles foi inevitável, ainda que Jung o tenha, de certa forma, precipitado. Ele iria acontecer mais cedo ou mais tarde. O rompimento foi doloroso para ambos. O rompimento turbulento do trabalho mútuo e da amizade acabou por abrir uma profunda mágoa mútua, nunca inteiramente assimilada pelos dois principais gênios da Psicologia do século XX e que ainda, infelizmente, divide partidários de ambos os teóricos.
Anterior mesmo ao período em que estavam juntos, Jung começou a desenvolver uma sistema teórico que chamou, originalmente, de "Psicologia dos Complexos", mais tarde chamando-a de "Psicologia Analítica", como resultado direto de seu contato prático com seus pacientes. O conceito de inconsciente já está bem sedimentado na sólida base psiquiátrica de Jung antes de seu contato pessoal com Freud, mas foi com Freud, real formulador do conceito em termos clínicos, que Jung pôde se basear para aprofundar seus próprios estudos.
O contato entre os dois homens foi extremamente rico para ambos, durante o período de parceria entre eles. Aliás, foi Jung quem cunhou o termo e a noção básica de "complexo", que foi adotado por Freud. Por complexo, Jung entendia os vários "grupos de conteúdos psíquicos que, desvinculando-se da consciência, passam para o inconsciente, onde continuam, numa existência relativamente autônoma, a influir sobre a conduta" (G. Zunini). E, embora possa ser freqüentemente negativa, essa influência também pode assumir características positivas, quando se torna o estímulo para novas possibilidades criativas.
Jung já havia usado a noção de complexo desde 1904, na diagnose das associações de palavras. A variância no tempo de reação entre palavras demonstrou que as atitudes do sujeito diante de certas palavras-estímulo, quer respondendo de forma hesitante, quer de forma apressada, era diferente do tempo de reação de outras palavras que pareciam ter estimulação neutra. As reações não convencionais poderiam indicar (e indicavam de fato) a presença de complexos, dos quais o sujeito não tinha consciência.
Utilizando-se desta técnica e do estudo dos sonhos e de desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Os sonhos pessoais de seus pacientes o intrigavam na medida em que os temas de certos sonhos individuais eram muito semelhantes aos grandes temas culturais ou mitológicos universais, ainda mais quando o sujeito nada conhecia de mitos ou mitologias.
O mesmo ocorria no caso dos desenhos que seus pacientes faziam, geralmente muito parecidos com os símbolos adotados por várias culturas e tradições religiosas do mundo inteiro. Estas similaridades levaram Jung à sua mais importante descoberta: o "inconsciente coletivo".
Assim, Jung descobrira que além do consciente e inconsciente pessoais, já estudados por Freud, existiria uma zona ou faixa psíquica onde estariam as figuras, símbolos e conteúdos arquetípicos de caráter universal, freqüentemente expressos em temas mitológicos. Por exemplo, o mito bíblico de Adão e Eva comendo do fruto da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e, por isso, sendo expulsos do Paraíso, e o mito grego de Prometeu roubando o fogo do conhecimento dos deuses e dando-o aos homens, pagando com a vida pelo sua presunção são bem parecidos com o moderno mito de Frankenstein, elaborado pela escritora Mary Schelley após um pesadelo, e que toca fundo na mente e nas emoções das pessoas de forma quase "instintiva", como se uma parte de nossas mentes "entendesse" o real significado da história: o homem sempre paga um alto preço pela ousadia de querer ser Deus.
Enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos, também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos. Talvez, as imagens arquetípicas sejam algo como que figurações dos próprios instintos, num nível mais sofisticado, psíquico. Assim, não é mais arriscado admitir a hipótese do inconsciente coletivo, comum a toda a humanidade, do que admitir a existência instintos comuns a todos os seres vivos.
Assim, em resumo, o inconsciente coletivo é uma faixa intra-psíquica e inter-psíquica, repleto de material representativo de motivos de forte carga afetiva comum a toda a humanidade, como, por exemplo, a associação do feminino com características maternas e, ao mesmo tempo, em seu lado escuro, cruéis, ou a forte sensação intuitiva universal da existência de uma transcendência metaforicamente denominada Deus.
A mãe boa, por exemplo, é um aspecto do arquétipo do feminino na psique, que pode ter a figura de uma deusa ou de uma fada, da mãe má, ou que pode possuir os traços de uma bruxa; a figura masculina poderá ter uma representação num sábio, que geralmente é representado por um ermitão, etc. As figuras em si, mais ou menos semelhantes em várias culturas, são os arquétipos, que nada mais são que "corpos" que dão forma aos conteúdos que representam: o arquétipo da mãe boa, ou da boa fada, representam a mesma coisa: o lado feminino positivo da natureza humana, acolhedor e carinhoso.
Este mundo inconsciente, onde imperam os arquétipos, que nada mais são que recipientes de conteúdos ainda mais profundos e universais, é pleno de esquemas de reações psíquicas quase "instintivas", de reações psíquicas comuns a toda a humanidade, como, por exemplo, num sonho de perseguição: todas as pessoas que sonham ou já sonharam sendo perseguidas geralmente descrevem cenas e ações muito semelhantes entre si, senão na forma, ao menos no conteúdo.
A angústia de quem é perseguido é sentida concomitantemente ao prazer que sabemos ter o perseguidor no enredo onírico, ou a sua raiva, ou o seu desejo. Estes esquemas de reações "instintivas" (uso esta palavra por analogia, não por equivalência) também se encontram nos mitos de todos os povos e nas tradições religiosas. Por exemplo, no mito de Osires, na história de Krishna e na vida de Buda encontramos similaridades fascinantes.
Sabemos que mitos encobrem freqüentemente a vida de grandes homens, como se pudessem nos dizer algo mais sobre a mensagem que eles nos trouxeram, e quanto mais carismáticos são esses homens, mais a imaginação do povo os encobrem em mitos, e mais esses mitos têm em comum. Estes padrões arquetípicos expressos quer a nível pessoal que a nível mitológico relacionam-se com características e profundos anseios da natureza humana, como o nascimento, a morte, as imagens paterna e materna, e a relação entre os dois sexos.
Outra temática famosa com respeito a Jung é a sua teoria dos "tipos psicológicos". Foi com base na análise da controvérsia entre as personalidades de Freud e um outro seu discípulo famoso, e também dissidente, Alfred Adler, que Jung consegue delinear a tipologia do "introvertido" e do "extrovertido". Freud seria o "extrovertido", Adler, o "introvertido".
Para o extrovertido, os acontecimentos externos são da máxima importância, ao nível consciente; em compensação, ao nível inconsciente, a atividade psíquica do extrovertido concentra-se no seu próprio eu. De modo inverso, para o introvertido o que conta é a resposta subjetiva aos acontecimentos externos, ao passo que, a nível inconsciente, o introvertido é compelido para o mundo externo.
Embora não exista um tipo puro, Jung reconhece a extrema utilidade descritiva da distinção entre "introvertido" e "extrovertido". Aliás, ele reconhecia que todos temos ambas as características, e somente a predominância relativa de um deles é que determina o tipo na pessoa. Seu mais famoso livro, Tipos Psicológicos é de 1921. Já nesse período, Jung dedica maior atenção ao estudo da magia, da alquimia,das diversas religiões e das culturas ocidentais pré-cristãs e orientais (Psicologia da Religião Oriental e Ocidental, 1940; Psicologia e Alquimia, 1944; O eu e o inconsciente, 1945).
Analisando o seu trabalho, Jung disse: "Não sou levado por excessivo otimismo nem sou tão amante dos ideais elevados, mas me interesso simplesmente pelo destino do ser humano como indivíduo - aquela unidade infinitesimal da qual depende o mundo e na qual, se estamos lendo corretamente o significado da mensagem cristã, também Deus busca seu fim". Ficou célebre a controvertida resposta que Jung deu, em 1959, a um entrevistador da BBC que lhe perguntou: "O senhor acredita em Deus?" A resposta foi: "Não tenho necessidade de crer em Deus. Eu o conheço".
Eis o que Freud afirmou do sistema de Jung: "Aquilo de que os suíços tinham tanto orgulho nada mais era do que uma modificação da teoria psicanalítica, obtida rejeitando o fator da sexualidade. Confesso que, desde o início, entendi esse 'progresso' como adequação excessiva às exigências da atualidade".
Ou seja, para Freud, a teoria de Jung é uma corruptela de sua própria teoria, simplificada diante das exigências moralistas da época. Não há nada mais falso. Sabemos que foi Freud quem, algumas vezes, utilizou-se de alguns conceitos de Jung, embora de forma mascarada, como podemos ver em sua interpretação do caso do "Homem dos Lobos", notadamente no conceito de atavismo na lembrança do coito.
Já por seu turno, Jung nunca quis negar a importância da sexualidade na vida psíquica, "embora Freud sustente obstinadamente que eu a negue". Ele apenas "procurava estabelecer limites para a desenfreada terminologia sobre o sexo, que vicia todas as discussões sobre o psiquismo humano, e situar então a sexualidade em seu lugar mais adequado. O senso comum voltará sempre ao fato de que a sexualidade humana é apenas uma pulsão ligada aos instintos bio-fisiológicos e é apenas uma das funções psico-fisiológicas, embora, sem dúvida, muitíssimo importante e de grande alcance".
Carl Gustav Jung morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, à beira do lago de Zurique,em Küsnacht após uma longa vida produtiva, que marcou - e tudo leva a crer que ainda marcará mais - a antropologia, a sociologia e a psicologia.
Freud e Jung: Estudos Críticos
A fecunda e tumultuada amizade entre Freud e Jung, nas palavras de Paul Roazen, é um dos marcos da história do pensamento e da cultura ocidental.
O rompimento dessa amizade entre os dois maiores cientistas e sábios do século impediu a continuação de  uma parceria que poderia ter contribuído para um desenvolvimento ainda maior da ciência da psique e para o alargamento dos horizontes de conhecimento da interioridade do homem.
Muito já se disse e se escreveu sobre o assunto. Mas não há conclusão que se imponha de modo a silenciar a polêmica que se arrasta e prossegue entre os discípulos menos avisados de cada um dos mestres.
Relacionamos a seguir textos que iluminam a questão, embora alguns dos seus aspectos permaneçam obscuros e possivelmente nunca venham a ser completamente elucidados. Talvez porque sejam manifestações cujas origens estão fincadas nas mais abissais regiões do inconsciente dos protagonistas.
De qualquer sorte, talvez seja necessário àqueles que se propõem seguir as orientações teóricas de Freud ou de Jung ou, ainda, de Freud e Jung - mergulhar na história dessa turbulenta amizade e extrair as suas próprias conclusões. É possível que esse mergulho termine por ser um encontro pessoal de cada um com a sua própria verdade. Um confronto rico e saudável com o seu inconsciente. Então, quem sabe, talvez tenhamos aprendido a lição maior desses mestres segundo a qual pessoa alguma pode acompanhar ou orientar uma jornada que ela mesmo não a tenha feito.
O confrontar-se com o inconsciente e o defrontar-se com a própria sombra parece ser o exemplo maior de coragem pessoal e honestidade intelectual que Freud e Jung legaram às gerações de estudiosos da alma humana que os sucederam.
Esse entendimento poderá ser útil à compreensão aprofundada das teorias do Dr. Sigmund Freud e do Dr.Carl Gustav Jung.
E, parafraseando o bardo inglês, o resto é silêncio!

sábado, 14 de abril de 2012

Por Quê? TEATRO.


Por Quê? Gênios e Loucos.

Sobre Gênios e Loucos
Munch, Van Gogh, Picasso - De muitos artistas sempre se disse que não batiam lá muito bem da cabeça. Pois agora aumentam as evidências científicas de que criatividade e doença mental andam de fato muito próximas
por Ulrich Kraft


O ESCRITOR RUSSO Liev Nicoláievitch Tolstói (1828-1910), em quadro de Ilia Repin (1891). Liev Tolstói durante Repouso na Floresta. Coleção da Galeria Tretiakov, Moscou
Muitas pessoas já me caracterizaram como louco", escreveu certa vez Edgar Allan Poe (1809-1849). "Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência." Nessa sua suspeita de que genialidade e loucura talvez estejam intimamente entrelaçadas, o escritor americano não estava sozinho. Muito antes, Platão mostrara acreditar em uma espécie de "loucura divina" como base fundamental de toda criatividade.

Uma lista interminável de artistas célebres, parte deles portadores de graves transtornos psíquicos, parece confirmar o ponto de vista do filósofo grego. Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Lord Byron, Liev Tolstói, Serguei Rachmaninov, Piotr Ilitch Tchaikóvski, Robert Schumann - o célebre poder criativo de todos eles caminhava lado a lado com uma instabilidade psíquica claramente dotada de traços patológicos. Variações extremas de humor, manias, fixações, dependência de álcool ou drogas ainda hoje atormentam a vida de muitas mentes criativas.

SERÁ MERA COINCIDÊNCIA?

No início do século XX, a busca pelas raízes da genialidade era um dos temas mais palpitantes da investigação psicológica. Cientistas de ponta tinham poucas dúvidas de que certos males psíquicos davam asas à imaginação. "Quando um intelecto superior se une a um temperamento psicopático, criam-se as melhores condições para o surgimento daquele tipo de genialidade efetiva que entra para os livros de história", sentenciava o filósofo e psicólogo americano William James (1842-1910). Pessoas assim perseguiriam obsessivamente suas idéias e seus pensamentos - para seu próprio bem ou mal -, e isso as distinguiria de todas as outras.

Sigmund Freud também se interessou pelo assunto. Convicto de que encontraria "algumas verdades psicológicas universais", analisou vida e obra de artistas e escritores famosos, buscando pistas de transtornos mentais. Mas foi somente a partir dos anos 70 que Nancy Andreasen, psiquiatra da Universidade de Iowa, começou a investigar de forma sistemática a suposta ligação entre genialidade e loucura. Participaram de sua experiência 30 escritores cujo talento criativo havia sido posto à prova na renomada oficina de autores da universidade.
Andreasen examinou essas personalidades à procura de distúrbios psíquicos e comparou os dados obtidos aos daqueles grupos de um grupo de controle: 80% dos escritores relataram perturbações regulares do humor, ante 30% no grupo de controle. Quarenta e três por cento dos artistas satisfaziam os critérios para o diagnóstico de uma ou outra forma de patologia maníaco-depressiva, o que, no grupo de controle, só se verificou em uma a cada dez pessoas. Durante o estudo, dois escritores cometeram suicídio - dado que, segundo Andreasen, não seria estatisticamente significativo. A psiquiatra comprovou pela primeira vez e com métodos científicos que, por trás da suposta conexão entre criatividade elevada e psique enferma, haveria algo mais que o mero e surrado lugar-comum.

Em 1983, Kay Redfield Jamison conduziu um estudo em que obteve resultados claros e semelhantes. Psicóloga da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ela contatou 47 pintores e poetas britânicos renomados. Seguindo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), examinou a presença de transtornos de humor caracterizados por fases depressivas.

Segundo o Manual, esses transtornos são marcados por estados depressivos que duram de duas a quatro semanas e prejudicam sensivelmente o cotidiano dos pacientes, que não conseguem animar-se para nada, sofrem perturbações da concentração e do sono e têm pensamentos negativos beirando o desespero total. A presença desses sintomas aponta para o chamado transtorno depressivo maior. Mas, além desse, há também os transtornos bipolares, nos quais fases depressivas são alternadas com picos de euforia - os episódios maníacos. Nesse caso, os pacientes quase não dormem, estão sempre ocupados com alguma coisa, seus pensamentos saltam de um tema a outro e eles atribuem a suas idéias - e, em geral, também a si próprios - grandeza absoluta.

Tais males psíquicos, caracterizados como depressões maníacas, estão entre os transtornos de humor pelos quais Jamison procurava em seu estudo. Ela constatou que quase 40% dos artistas examinados haviam requerido ajuda médica alguma vez na vida - taxa 30 vezes mais alta que a verificada entre a média da população. A corporação dos escritores revelou ser a que sofria dos problemas psíquicos mais severos. Um a cada dois poetas já havia recorrido a tratamento psiquiátrico em virtude de depressão ou episódios maníacos.
Na década de 80, Hagop Aksikal entrevistou outros 20 artistas europeus, tendo por base os critérios do DSM. Dois terços deles sofriam de episódios depressivos recorrentes, muitas vezes combinados com os chamados estados hipomaníacos - forma menos pronunciada da mania. Como constatou esse psicólogo da Universidade da Califórnia, em San Diego, metade dos artistas tinha enfrentado depressão em algum momento da vida. Tendência semelhante, aliás, Aksikal já havia observado entre músicos de blues nos Estados Unidos.

Com base nessas pesquisas, Jamison concluiu que o grande número de artistas com diagnóstico de depressão ou de transtornos bipolares já não podia ser atribuído ao acaso. A pesquisadora admitia deficiências metodológicas também em seu próprio estudo - por exemplo, o número demasiadamente reduzido da amostra -, mas a conexão entre instabilidade psíquica e potencial criativo era evidente.

Ruth L. Richards e colegas da Harvard Medical School, em Boston, tentaram abordar a questão de outro ponto de vista. Em vez de saírem em busca de males psíquicos em artistas reconhecidos, inverteram a pergunta: portadores de enfermidades psíquicas seriam particularmente criativos? Eles examinaram a criatividade de 17 pacientes com depressão maníaca manifesta e de 16 ciclotímicos - a forma mais amena do transtorno bipolar -, com base na chamada Lifetime -Creativity Scale.

Nessa escala de criatividade influenciam não apenas os testes relacionados ao pensamento inovador e original, mas também o desempenho criativo nas esferas pessoal e profissional. Os pacientes saíram-se melhor que o grupo de pessoas utilizado para comparação, composto de indivíduos sem qualquer histórico psiquiátrico.
O tipo de transtorno desempenhou aí papel bastante decisivo. Os participantes ciclotímicos revelaram-se muito mais criativos. Além disso, ficaram atrás de seus familiares sem distúrbios psíquicos evidentes, também avaliados. A hipótese aventada pelos pesquisadores foi, portanto, a de que os parentes dos pacientes talvez tendessem à instabilidade psíquica, cuja manifestação neles se daria de forma tão amena que não lhes causaria problemas. "É possível que pessoas com tendência reduzida, talvez até imperceptível, à instabilidade bipolar sejam mais criativas", concluíram os pesquisadores.

Nesse meio tempo, o pensamento aguçado, de criatividade incomum, e a produtividade elevada passaram até mesmo a serem considerados indícios no diagnóstico de fases maníacas. Mas como uma enfermidade tão perturbadora e destrutiva pode incrementar nosso poder criativo? Afinal, normalmente reina o caos entre os maníaco-depressivos, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. Em meio a episódios maníacos, endividam-se, mergulham em relacionamentos duvidosos e aventuras sexuais sem medir as conseqüências. Agressões e até mesmo alucinações integram o quadro. Então, a esse apogeu temporário segue-se sempre o mergulho em depressão profunda.

O psicólogo americano Joy Paul Guilford (1897-1987) definiu criatividade como a capacidade de, diante de um problema, "encontrar respostas incomuns, de associação longínqua". Para chegar a uma idéia original, abandonam caminhos já trilhados e pensam de modo diferente. O intelecto, então, não se aferra à busca de uma única solução correta, mas move-se em diversas direções. Quanto mais fluentes e livres jorrarem os pensamentos, melhor.

São precisamente esses talentos que os portadores de transtornos bipolares exibem em abundância na fase maníaca. Seu cérebro trabalha à toda, despejando idéias nada convencionais. Essa imensa produção está longe de resultar apenas em coisas sensatas, mas pouco importa: a massa de idéias que brota da mente maníaca eleva a probabilidade de que haja entre elas alguns lampejos mentais "genuínos".
O psicólogo Eugen Bleuler, contemporâneo de Freud, via aí o elo procurado entre genialidade e doença mental. "Mesmo que apenas os casos amenos produzam algo de valor, o fato de neles as idéias fluírem com mais rapidez e, sobretudo, de as inibições desaparecerem estimula as capacidades artísticas."

Também para Jamison, o segredo está no pensamento rápido e flexível, bem como no dom de unir coisas que, à primeira vista, não possuem qualquer conexão entre si. O que Bleuler, no passado, só podia supor hoje é confirmado por estudos científicos. Assim, pacientes de hipomania mostram superioridade em testes de associação de palavras: num espaço de tempo delimitado e com uma palavra dada, são capazes de associar quantidade bem maior de conceitos que pessoas em perfeitas condições psíquicas. Dão menos respostas estatisticamente "normais" que as do grupo de controle, mas encontram soluções heterodoxas em número três vezes maior.

Hipomaníacos chamam a atenção também por seu modo de falar. Tendem a fazer uso de rimas e empregam com freqüência associações sonoras, tais como as aliterações. Além disso, seu vocabulário compreende em média três vezes mais neologismos que o de uma pessoa saudável. E mais: nos pacientes em fase maníaca, a rapidez do processo de pensamento traduz-se numa elevação do quociente de inteligência.

Maníaco-depressivos exibem também certas qualidades não cognitivas muito úteis aos artistas. Robert DeLong, psicólogo da Harvard Medical School, pediu a um grupo de crianças, todas com sinais precoces de transtorno bipolar, que fizesse desenhos sobre um tema.
Na comparação com o grupo de controle, não apenas seu nítido e transbordante poder de imaginação chamou atenção. DeLong ficou ainda mais impressionado com a extraordinária capacidade de concentração dessas crianças, que se dedicaram durante horas à tarefa, sem se deixar distrair por coisa alguma. Como resultado, seu brilhantismo revelou-se tanto no desempenho espantoso da memória quanto nos desenhos detalhados.
Energia fabulosa e concentração total caracterizam também as fases criadoras de muitos pintores, escultores, escritores e poetas. Muitos deles varam noites escrevendo ou passam horas sem fim no ateliê, sem dormir.

LIMIAR DA LOUCURA

Nancy Andreasen acrescenta outra explicação: "o sistema nervoso, afinadíssimo", simplesmente perceberia mais informações sensoriais, transformando-as em idéias criativas. Embora sem comprovação definitiva, a psicóloga supõe que a causa seja "um defeito nos processos cognitivos que filtram esses estímulos".

No final de 2003, Shelley Carson, da Universidade de Harvard, e Jordan Peterson, da Universidade de Toronto, descobriram que Andreasen estava certa. Eles recrutaram 25 estudantes que haviam se destacado por seu desempenho criativo extraordinário e, com auxílio de um teste, puderam determinar a chamada inibição latente em cada um deles - mecanismo cognitivo que exclui do fluxo contínuo de dados sensoriais aqueles que a experiência já demonstrou serem de pouca valia. Nos colegas não criativos, esse processo de filtragem inconsciente se revelou nitidamente mais pronunciado.

Em decorrência da menor inibição latente, pessoas criativas acolhem mais impressões de seu entorno. Mas há também o outro lado dessa moeda. "Quando uma pessoa tem 50 idéias diferentes, o provável é que só duas ou três sejam boas de fato", explica Peterson. "É necessário saber diferenciar essas idéias para não submergir em meio a tantas delas. Daí a importância da inteligência e da memória operacional para evitar que as mentes criativas se afoguem numa torrente de informações", conclui.
Será que os pacientes de transtorno bipolar ultrapassam o limiar da loucura por quase sufocar sob a massa enorme de idéias e pensamentos? Para Carson e Peterson, isso é precisamente o que sua experiência deixa claro: "Um grau reduzido de inibição latente associado a uma extraordinária flexibilidade de pensamento pode, sob certas circunstâncias, predispor o indivíduo às doenças mentais ou, sob outras circunstâncias, a façanhas criativas".

Nessa questão, Jamison - que também sofre de depressões maníacas - defende uma tese interessante. Ela acredita que o mergulho recorrente na depressão evita que portadores de transtorno bipolar se percam em pensamentos e idéias obscuras. Indivíduos depressivos - atormentados por dúvidas, insegurança e hesitação - teriam um juízo mais realista das coisas. Seu "mecanismo interno de edição", como Jamison o denomina, operaria com a correspondente sensibilidade, ou seja, verificaria a utilidade das idéias produzidas pela mente hiperativa e excluiria as cores berrantes do excesso. Sendo assim, todas as idéias que, na fase maníaca, se revelam grandiosas, seriam submetidas ao crivo de um extremo rigor crítico.

Já o pioneiro Guilford via o segredo- do pensamento criativo na capacidade de estabelecer um vínculo entre o racional e o irracional, o conhecido e o desconhecido, o convencional e o não convencional. Se, porém, a criatividade brota dessas oposições, espíritos criativos arriscam-se continuamente a ir longe demais com suas idéias e seus pensamentos, ultrapassando as fronteiras do inteligível.

ARTE COMO TERAPIA

Uma rápida visita aos livros de história nos mostra como é tênue a linha que separa a genialidade da loucura. Seja a visão heliocêntrica do mundo de Copérnico ou a teoria da evolução de Darwin, muitos lampejos geniais foram a princípio recriminados como produto de um cérebro doentio. Hoje, porém, ninguém mais duvida da saúde psíquica de tais personalidades.
Mas não são poucos os psicólogos que sustentam que portadores de doenças psíquicas com freqüência trabalham em áreas criativas apenas porque a atividade artística os ajuda a proteger a própria mente da destruição. "A literatura me pegou pela mão e me salvou da loucura", ponderava a poeta americana Anne Sexton (1928-1974), que, em virtude de uma grave psicose, vivia sendo internada em clínicas psiquiátricas.

Criatividade como saída para a crise? Residiria aí o famigerado vínculo entre poder de criação e sofrimento psíquico? O fato de tantos pacientes psiquiátricos se beneficiarem de terapias envolvendo a pintura, a dança ou a música parece confirmar essa hipótese. Contudo, dois fatos não devem ser esquecidos: a maioria dos doentes não demonstra possuir fantasia extraordinária nem criatividade especial; tampouco a maioria dos escritores, poetas, músicos, designers, escultores ou pintores reconhecidos revela-se portadora de algum distúrbio mental.

A imagem excessivamente utilizada e romantizada do gênio maluco desacredita em certa medida o trabalho, o caráter e o estado mental dos que lidam com arte. E o fato de muitos artistas com enfermidades psíquicas terem recusado tratamento, no passado, talvez tenha contribuído para essa visão distorcida. O pintor norueguês Edvard Munch (1862-1944), por exemplo, que era maníaco-depressivo, temia que uma terapia pudesse extinguir seu poder criativo. "Prefiro continuar sofrendo desses males, porque são parte de mim e de minha arte", declarou. Sem ajuda médica, porém, corre-se o risco de que depressões e transtornos bipolares se acentuem com o tempo. Munch teve sorte: estava relativamente bem nos últimos anos de vida. Uma declaração da escritora americana Sylvia Plath nos diz um pouco sobre o sofrimento de artistas vítimas de distúrbios psíquicos: "Quando se tem uma doença mental, ser um doente mental é tudo que se faz, o tempo todo [...] Quando eu era louca, isso era tudo que eu era". Em casa, na manhã de 11 de fevereiro de 1963, essa poeta de extremo talento, vítima de depressão grave, abriu a torneira do gás. Tinha 30 anos.

- Tradução de Sergio Tellaroli
Vincent van Gogh - histórico de uma doença
Concluída a escola, o jovem Vincent van Gogh vai trabalhar na compra e venda de objetos de arte, primeiro em Haia, depois em Londres. A infelicidade no amor o lança na primeira depressão grave. Seus pensamentos voltam-se para a religião. Passa quatro anos na Bélgica trabalhando como pastor. Ali, ajuda no que pode e luta pelos direitos das pessoas. Contudo, isso desagrada a Igreja, da qual é expulso, fazendo-o mergulhar em nova crise. "Minha única angústia é descobrir como posso ser útil ao mundo", escreve ao irmão Theo, seu mais íntimo confidente.

Somente aos 27 anos, Vincent decide ser pintor. Lança-se ao trabalho com enorme intensidade. Em 1886, vai viver com Theo em Paris, onde sua saúde piora. Começa a sofrer de cãibras na mão esquerda. Passados os acessos, fica perturbado e a memória falha por breves períodos - primeiro indício da epilepsia diagnosticada mais tarde. O gosto do pintor pelo absinto contribui para o agravamento de seu estado. Sabe-se hoje que a bebida contém uma substância que favorece ataques epilépticos e psicoses. Seu temperamento explosivo e as oscilações de humor o tornam persona non grata para vários de seus conhecidos. "É como se fossem duas pessoas: uma delas, de grande talento, culta e sensível; a outra, egoísta e fria de sentimentos", descreve Theo.

No início de 1888, Vincent vai para o Sul da França, "cansado e desesperado", como ele próprio diz. Ali, sintomas de um grave transtorno psíquico manifestam-se com crescente nitidez. Períodos de atividade febril alternam-se com apatia e esgotamento total - sinais típicos de depressão maníaca. Sentindo-se só, pede ao amigo Paul Gauguin que se junte a ele. Juntos, os dois pintores fundam o "Estúdio do Sul". Mas este relacionamento deteriora, culminando numa catástrofe: em dezembro de 1888, van Gogh o ameaça com uma navalha e termina por amputar a própria orelha.

No hospital, o primeiro diagnóstico: psicose grave. O médico Felix Rey também suspeita de epilepsia larvada, em que os acessos convulsivos têm forma bastante amena. Em compensação, imperam outras ocorrências psíquicas e o paciente oscila entre euforia extrema e depressão profunda, acompanhadas de angústia e insônia. Alucinações e mania de perseguição integram o quadro dos sintomas, bem como pronunciada emotividade, que, com freqüência, culmina em solicitude exagerada ou religiosidade extrema.

A epilepsia de lobo temporal é tida como a explicação mais provável para o perturbado estado mental de van Gogh. Rey o trata com brometo de potássio. Passados alguns dias, o artista se recupera. Embora o médico chame sua atenção para os perigos do absinto, o pintor o ignora. Essa é uma das razões para as várias recaídas, que requerem repetidas internações. Seu estado psíquico é tão instável que, em maio de 1889, interna-se espontaneamente no sanatório de Saint Rémy.

O médico da instituição confirma a epilepsia, mas suspende o tratamento com brometo de potássio. Apesar dos episódios de uma grave psicose, van Gogh produz no ano seguinte mais de 300 obras. Depois, muda-se para Auvers-sur-Oise, nas proximidades de Paris. Nos campos ao redor de Auvers, pinta algumas de suas grandiosas paisagens. Em carta a Theo, menciona que gostaria de aumentar sua paleta de cores e pede apoio ao irmão. Três dias depois, o grande artista se mata com um tiro no peito.
Ulrich Kraft é médico e jornalista científico.

Por Quê? Conflitos e Sua Superação.

O conceito conflito representa uma tensão que envolve pessoas ou grupos de pessoas quando existem tendências ou interesses incompatíveis.
Assim só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de modo a justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora do conflito é o estado de insatisfação das partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como por exemplo, a divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos escassos, a competição pelo poder, etc.
No entanto, o conflito social é entendido como um núcleo de mudança e das dinâmicas sociais, tratando-se o conflito de uma manifestação das interacções sociais. O agravamento tal como o atenuamento do conflito vai depender das relações internas de cada grupo, pode aumentar ou diminuir se s desenvolverem atitudes de provocação ou de conciliação.
Devemos aceitar os conflitos como realidades do nosso mundo social e acabam por impedir a estagnação e promove novas ideias e novos ideais, podendo a sua consequência representar um modo mais adequado e dinâmico de integrar a sociedade.
Para que haja uma superação dos conflitos não basta o simples contacto entre grupos hostis, implica essencialmente um contacto que envolve cooperação, entreajuda e a interdependência de modo a construir um maior sucesso na finalidade visada. É importante que por cooperação entendamos uma acção conjunta e concentrada que envolve a colaboração dos envolvidos para se atingir um objectivo comum. Existem ainda outras formas de superação de conflitos que passo a fazer uma breve referência. A submissão, que acontece quando um grupo sede às exigências do outro; a mediação, que pressupõe a existência de um mediador (elemento neutro) que vai promover a comunicação entre as partes; a dominação, verifica-se quando um dos grupos impõe unilateralmente a solução ao outro; a negociação, visando impedir a confrontação directa, a negociação implica cedências e exigências mútuas, os grupos constroem um acordo e por último a inacção, em que os dois ou um dos grupos resolve não agir e esperar que o tempo resolva o conflito.
Porém, nos dias de hoje são dominantes as soluções que assentam sobre a cooperação, a mediação e a negociação. Deste modo, a forma como se aborda um conflito pode decidir, em grande parte das situações, a segregação ou a integração.

Por Quê? Loucura.

Estereótipos e humor: a discriminação do “louco”

Contribuição: Camila Novaes

Os pacientes com transtorno mental carregam o estigma da loucura. As pessoas que se auto-categorizam como sãs vêem de forma negativa aqueles que demonstram estar fora da realidade. A generalização acontece e o sintoma parece ser a única imagem mental que vem à mente do preconceituoso. O preconceito contra estes pacientes pode ser visto em diversas anedotas sobre o tema. Afinal, preconceito contra o quê? Escolha a categoria em que você se encaixa. Quem é o louco aqui?
GRAVAÇÃO NA SECRETÁRIA ELETRÔNICA DO CENTRO DE SAÚDE MENTAL
“Obrigado por ligar para o Instituto de Saúde Mental, sua mais saudável companhia em seus momentos de maior loucura.
Se você é obsessivo e compulsivo pressione 1, repetidamente;
Se você é dependente, peça a alguem que pressione o 2 por você;
Se tem múltiplas personalidades pressione o 3, 4, 5, e o 6;
Se você é paranóico, sabemos quem é você, o que faz e o que quer. Espere na linha enquanto rastreamos sua chamada;
Se você sofre de alucinações, pressione o 7 e sua chamada será transferida para o Departamento de Elefantes Cor de Rosa;
Se você é esquizofrênico, escute cuidadosamente e uma vozinha lhe dirá que número pressionar;
Se você é depressivo, não importa que número disque. Ninguém vai responder;
Se você sofre de amnésia, pressione o 8 e diga em voz alta seu nome, endereço, número da carteira de identidade, data do nascimento, estado civil e o nome de solteira de sua mãe;
Se você sofre de stress pós-traumático, pressione lentamente a tecla # até que alguém tenha piedade de você;
Se sofre de indecisão, deixe sua mensagem logo que escute o bip… Ou antes do bip… Ou depois do bip… Ou durante o bip… De qualquer modo, espere o bip…;
Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9;
Se tem baixa auto-estima, por favor desligue. Nossos operadores estão ocupados atendendo pessoas mais importantes.”

quinta-feira, 12 de abril de 2012

PSICOMOTRICIDADE.

 O termo “psicomotricidade” aparece, pela primeira vez, no discurso médico, mais especificamente, no campo da Neurologia, quando, no século XIX houve uma preocupação em identificar e nomear as áreas específicas do córtex cerebral segundo as funções desempenhadas por cada uma delas. E foi no século XX que ela passou a desenvolver-se como uma prática independente e, aos poucos, transformar-se em ciência.


A figura de Dupré, neuropsiquiatra, em 1909, é de fundamental importância para o âmbito psicomotor, já que é ele quem afirma a independência da debilidade motora (antecedente do sintoma psicomotor) de um possível correlato neurológico.

Em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, ocupa-se do movimento humano dando-lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo. Esta diferença permite a Wallon relacionar o movimento ao afeto, à emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo.

Em 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico.Em 1947, Julian de Ajuriaguerra, psiquiatra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. É ele quem delimita com clareza os transtornos psicomotores que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico. Com estas novas contribuições, a psicomotricidade diferencia-se de outras disciplinas, adquirindo sua própria especificidade e autonomia.

Julian de Ajuriaguerra e R. Datkine, 1947/48, na França apud Fonseca (1988) provocaram uma mudança na história da psicomotricidade, com as primeiras técnicas reeducativas vinculadas aos distúrbios psicomotores. Nessa época, Ajuriaguerra atualiza o conceito de psicomotricidade, associando-o ao movimento. Em seu manual de Psiquiatria Infantil, Ajuriaguerra delimita com clareza os transtornos psicomotores, “que oscilam entre o neurológico e o psiquiátrico”. Com essas contribuições, a psicomotricidade se diferencia de outras ciências e adquire sua própria especificidade e autonomia. Ajuriaguerra com suas novas concepções teóricas passa para a história da psicomotricidade como o único que conseguiu romper efetivamente com o imperialismo neurológico e com o conceito de paralelismo psicomotor de Dupré.

Na década de 70, diferentes autores definem a psicomotricidade como uma motricidade de relação. Começa então, a ser delimitada uma diferença entre uma postura reeducativa e uma terapêutica que, ao despreocupar-se da técnica instrumentalista e ao ocupar-se do "corpo de um sujeito" vai dando progressivamente, maior importância à relação, à afetividade e ao emocional.

Referências

Autor Desconhecido. Histórico, Sociedade Brasileira de Psicomotricidade. Diponível em: http://www.psicomotricidade.com.br/historico.htm Acesso em: 8 mar. 2010.

BRITO, Viviane Faria Alcântara. Psicomotricidade. Disponível em: http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/1946284/t203.asp Acesso em: 8 mar. 2010.

PQ? Frases sobre Psicomotricidade.

“ Na expressão corporal a ação é imaginária, mas os movimentos que a integram são seis.” Claude Chalanguier



“O brinquedo é o trabalho da criança, é o seu oficio sua vida”
Kergomard, Pauline

“A Psicomotricidade é a relação entre o pensamento, envolvendo a emoção”.
 Rosângela Pires dos Santos


“Não existe ação que não seja corporal”
Vayer; Toulouse

“O esquema corporal é a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em relação com os dados do mundo exterior”. Jean LeBouch

“ A lateralização é basicamente inata e governada por fatores genéticos, embora admita que a treinabilidade e os fatores de pressão social possam influenciá-la” Zsngwill (1975).

“ é de grande importância a educação pelo movimento no processo escolar, uma vez que seu objetivo central é contribuir para o desenvolvimento motor da criança o qual auxiliará na evolução de sua personalidade e no seu sucesso escolar” Le Boulch (1987).


“na educação corporal, a relação toma uma dimensão mais importante ainda através do conhecimento de si mesmo, do outro e da adaptação ao mundo dos outros” (Desobeau, 1982).

“A Psicomotricidade pode ser explicada a cada tipo de clientela desde a estimulação precoce até a geriátrica” (De Fontaine, 1979).

“ Psicomotricidade significa a associação estreita entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade” (Heuyer, 1948)

“A criança com dificuldades de aprendizagem é, numa palavra, o reflexo duma interação desajustada desta com o espaço que a envolve”. Barsch.

“ A psicomotricidade esteve erradamente ligada a antagonismos decorrentes de Educação Física, surgindo freqüentemente como técnica corretiva para crianças “anormais” e sendo confundida com a “ginástica corretiva e a cinesioterapia” (Fonseca (1983)

“a Psicomotricidade é, inicialmente, uma determinada organização funcional da conduta e de ação constituindo correlatamente certo tipo de prática da reabilitação gestual” Chazaud (1976).

(...) o corpo humano como sistema biológico é afetado pela religião, pela ocupação, pelo grupo familiar, pela classe e outros intervenientes sóciais e culturais” de modo que a experiência do corpo é sempre modificada pela experiência da cultura”
J. C. Rodrigues (1983).

“para que uma pessoa se exprima enquanto corpo que realiza mais livremente seus próprios desejos, é necessário que ela cresça não em sua individualidade absoluta, mas em suas relações com os outros e o mundo” Medina (1987)

“A reeducação psicomotora, pelo intermediário do corpo e do movimento, recorre ao ser humano na sua totalidade” A. Mucchielle Bourcier (1979)