domingo, 26 de agosto de 2012

Pq...Pq... PSICOLOGIA ANORMAL.



Enquanto a Psicologia é o estudo do comportamento, a Psicologia Anormal é a investigação e análise dos desvios do comportamento normal e da configuração da personalidade desajustada, ela tem por objetivo as neuroses as psicoses, os distúrbios psicossomáticos, o desajustamento social do indivíduo, as anormalidades na conduta sexual, enfim, o comportamento, as experiências e as relações sociais da personalidade que se destaca do tipo mediano, do tipo padrão. E, embora trate também dos bem-dotados, dos indivíduos excepcionalmente mais capacitados, ela é comumente tornada como Psicopatologia.

   O estudo do comportamento anormal (ou desajustado) é precupação bem antiga. Galeno, por exemplo, atribuiu a histeria (tipo de neurose) a disfunções dos ovários. Hipócrates, Herófilos e Galena são alguns dos muitos nomes que poderiam ser citados como precursores da Pscicologia Anormal.

   Foi Franz Anton Mesmer (1733-1815) quem, na última parte do séc. XVIII (18), demonstrou em Paris que os sintomas anormais podiam ser induzidos por outras pessoa. Com isso ele inaugurou uma nova era para a Psicopatologia, embora, é evidente, não dispusesse de elementos em número suficiente para explicar os fenômenos estudados. Ele admitia, por exemplo, que a influência de uma pessoa sobre outra era devido ao "magnetismo animal". No séc. XIX (19), o mesmerismo, rebatizado como "hipnotismo", por Braid (Inglaterra, 1841), voltou a ser matéria de estudo dos psicólogos clínicos.

   No início de 1880, o neurologista Charcot, em Paris, e o professor de Medicina, Bernheim, em Nancy, usaram a hipnose como meio de estudo da neurose histérica. Charcot exerceu grande influência nos meios científicos europeus e teve como estudantes, entre outros, Pierre Janet e Sigmund Freud. Janet ocupou-se das neuroses histéricas e obsessiva e contribuiu bastante para o desenvolvimento da Psicopatologia e da moderna psicodinâmica porque sempre foi muito claro em suas exposições.

   Quanto a Freud, sua extensa obra teve uma influência incomum no mundo ocidental. E bastaria citarmos alguns nomes importantes da Psicanálise para observarmos como a Psicologia Anormal se beneficiou com a existência de Freud. Entre outros, são reconhecidos como teóricos influenciados por Freud, os freudianos, Otto Rank, Stekel, Ferenczi, Brill, Reich, Alexander, Jung, Adler, Stanley Hall, Horney, Melanie Klein, Anna Freud, Ernest Jones, Murray, Fenichel, Sullivan, Clara Thompson.

   Graças a Psicanálise, a Psicologia Anormal encontrou material para realçar os elementos constituintes da personalidade, os primeiros anos de vida como os mais importantes na configuração da personalidade, a motivação inconsciente e o seu dinamismo, o desenvolvimento dos mecanismos de defesa do ego na luta contra a ansiedade, e o papel da frustração, regressão e conflito na precipitação e manutenção do comportamento anormal. Os psicanalistas se dedicaram ao estudo das neuroses, do hermafroditismo, da psicopatia e da delinquência, enquanto os psiquiatras entregaram-se mais a pesquisas sobre as reações psicóticas: esquizofrênicas, alcoólicas, epilépicas, maníaco-depressivas e paranoicas.

   Segundo uma descrição de Iracy Doyle, na antiguidade a psiquiatria começou com Hipócatres, Herófilos, Celsus, Aretaeus, Coelius, Aurelianus e Galeno. Aretaeus (80 D.C.), por exemplo, já houvera descritos e fundido a mania com a melancolia (tipo de psicose). E no período moderno a psiquiatria teve em Phillipe Pinel (1745-1826) seu primeiro representante. Coube a ele, na direção do hospital de Bicêtre, iniciar a revolução moderna desse ramo do saber humano. Esquirol, também na França, descreveu os delírios, e Kraepelin, na Alemanha, viria, mais tarde, a classificar e limitar os conceitos de alguns tipos de Psicoses, principalmente a paranoia. Kretschmer, Meyer, Bleuler, Jauregg, Sakel (insulinoterapia), Egas Moniz são alguns nomes de realce da história da psiquiatria moderna.

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