domingo, 17 de março de 2013

O Modelo Cognitivo de Aaron Beck

O Modelo Cognitivo de Aaron Beck




Este conceito da terapia cognitiva é ligeiramente diferente do conceito de imagem principal do Guia do Pathwork. A imagem principal é uma idéia geral e vaga sobre o mundo e sobre a vida, no qual o eu vai tentar se adaptar. No final, a imagem principal do Pathwork também produz um conceito de eu distorcido, mas cuja descrição é diferente e baseada não em padrões de cognição, mas em padrões de tensões musculares. Resumo por Andre Barreto.

  1. A crença central é sempre uma visão do eu que é distorcida, baseada em experiências dolorosas da infância.

  1. A atitude é sempre uma visão de que algo é terrível. Tal acontecimento é o mesmo que morrer.

  1. A suposição é um encadeamento lógico de solução que está baseado na crença principal.

  1. A regra vai tomar forma de “sempres” e “nuncas”, como soluções simplistas e nem sempre aplicáveis para se vencer na vida e se conseguir o que se quer.




  1. Pensamentos automáticos.

  1. Um fluxo de pensamento que coexiste com o fluxo de pensamento mais manifesto.

    1. Experiência comum a todos nós.

    1. A maior parte do tempo, mal estamos cientes deles. Com um pouquinho de treinamento, aprendemos a trazer estes pensamentos à consciência, e então podemos fazer uma checagem de realidade (se não estamos sofrendo de uma disfunção psicológica).

    1. Uma vez que as crenças subjacentes sejam identificadas, os pensamentos automáticos se tornam bastante previsíveis.

    1. Estamos preocupados em identificar os pensamentos que são disfuncionais, ou que não correspondem à realidade; Que são emocionalmente aflitivos; e que nos impedem de atingir nossa meta.

    1. Pensamentos automáticos são quase sempre negativos, com exceção aos casos de transtorno de personalidade narcisistica, uso de drogas, e pacientes maníacos ou hipomaníacos.

    1. Nós em geral estamos mais conscientes da emoção causada pelo pensamento que do pensamento em si.

    1. Forma abreviada do pensamento automático: “Oh não” pode ser traduzido em “Meu facilitador vai me dar tarefa de casa em excesso”.



    1. Forma verbal ou visual, ou ambas. No exemplo acima, a pessoa pode ter tido uma imagem de si mesma fazendo a lição, sozinha, tarde da noite.

    1. Primeiro tipo. Pensamento automático de validade: Afirmação distorcida, que ocorre apesar de evidencias em contrário.

    1. Segundo tipo: Afirmação correta, que leva a conclusões distorcidas. “Eu não fiz o que prometi a minha colega, portanto, sou uma má pessoa.”

    1. Terceiro tipo. Pensamento automático de utilidade: É preciso, mas disfuncional: Exemplo: “Eu vou levar horas para fazer tudo isso. Ficarei acordada até às três da manhã”. Embora o pensamento tenha sido correto, ele aumentou sua ansiedade, diminuiu sua concentração e sua motivação. Uma resposta adaptativa de utilidade seria: “É verdade que levará um longo tempo para terminar isso, mas eu posso fazer, já fiz isso antes. Será melhor concentrar-me em terminar uma parte em um momento e dar-me crédito por tê-la terminado.”

    1. As pessoas em geral aceitam seus pensamentos automáticos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação. Avaliar a utilidade e/ou validade dos PA geralmente produz uma mudança positiva de afeto.

  1. Técnica para identificar os pensamentos automáticos.

  1. Pergunta básica: “O que estava passando pela sua cabeça neste momento?”.
  2. Faça-se esta pergunta quando você perceber sua mudança de afeto.
  3. Durante a revisão diária tente se lembrar da situação problemática ou momento durante o qual experimentou a mudança de afeto e faça a pergunta acima.
  4. Outras perguntas para fazer a si mesmo, se as técnicas acima falharem:
  5. “Sobre o que você acha que estava pensando?”
  6. “Você acha que poderia ter pensado sobre_______ ou ________?”
  7. “Você estava imaginando algo que poderia acontecer ou algo que já aconteceu antes?”
  8. “O que esta situação significou para você, ou diz para você”?

  1. As crenças centrais.

  1. Idéiam mais centrais das pessoas a respeito de si mesmo/a.

  1. Duas categorias: desamparo e desamor.

  1. Desenvolveram-se na infância, conforme a pessoa encontrou situação que confirmaram essa idéia.

  1. Podem ser positivas ou negativas.

  1. Crenças centrais negativas podem vir à tona em momentos de aflição.

  1. São mais inconscientes que os Pensamentos automáticos.

  1. Crenças centrais podem ser também generalizações sobre as outras pessoas, sobre o mundo, etc.

  1. São globais, absolutistas e supergeneralizadas.

  1. Quando são ativadas, o cliente filtra as informações que as apóiam, e falham em reconhecer ou distorcem evidencias em contrário.

  1. Quando estamos em aflição as identificamos com maior facilidade.

  1. Categorias de Crenças centrais.

    1. Crenças centrais de desamparo:

  1. Eu sou desamparado.
  2. Eu sou impotente.
  3. Eu estou fora de controle.
  4. Eu sou fraco.
  5. Eu sou vulnerável.
  6. Eu sou carente.
  7. Eu estou sem saída.
  8. Eu sou inadequado.
  9. Eu sou ineficiente.
  10. Eu sou incompetente.
  11. Eu sou um fracasso.
  12. Eu sou desrespeitado.
  13. Eu sou defeituoso (não chego à altura dos outros).
  14. Eu não sou bom o suficiente (em termos de conquistas).

    1. Crenças centrais de desamor:

  1. Eu não sou capaz de ser amado.
  2. Eu não sou capaz de ser querido.
  3. Eu sou indesejável.
  4. Eu não sou atraente.
  5. Ninguém me quer.
  6. Ninguém liga para mim.
  7. Eu sou mau.
  8. Eu não tenho valor.
  9. Eu sou diferente.
  10. Eu sou imperfeito (portanto, os outros não irão me amar).
  11. Eu não sou bom o suficiente (para ser amado pelos outros).
  12. Eu estou a ponto de ser rejeitado.
  13. Eu estou condenado a ser abandonado.
  14. Eu estou a ponto de ficar sozinho.

    Veja quadro resumo abaixo no link:

    Quadro resumo

  1. Exemplo vertical do modelo aplicado.

  1. Crença central: “Eu sou inadequada”.

  1. Crença intermediária: Atitudes, suposições e regras.

  1. Atitude: “è horrível ser inadequada”.

  1. A partir desta atitude, a pessoa pode adotar dois tipos de estratégias compensatórias: De um tipo ativo e de um tipo passivo. Aqui entra a inclinação da personalidade.

  1. Suposições: “Se eu trabalhar muito duro, então posso fazer bem as coisas.” (Estratégia compensatória ativa).

  1. Regras: “Eu deveria ser excelente em tudo o que for fazer”; “Eu deveria sempre me esforçar ao máximo”.

  1. Pensamento automático: “Eu não posso fazer isso, é difícil demais, eu jamais entenderei isso”.

  1. Uma estratégia compensatória passiva, a suposição poderia ser: “Se eu nem tentar fazer as coisas, talvez eu não sofra com a frustração”.

  1. A regra neste caso: “Eu nunca tentarei para não me frustrar”.

  1. Pensamento automático neste caso poderia ser: “Eu sou tão inadequada”. Ele reforça a crença central e perpetua o ciclo vicioso.

  1. Exemplo horizontal.

  1. Situação – pensamento automático- emoção-reação fisiológica - comportamento.

  1. Situação: Conversando ao telefone com Donna.

  1. Pensamento automático: “Ela não deve mais gostar de mim”.

  1. Emoção: Triste.

  1. Reação fisiológica: Aperto na garganta.

  1. Comportamento: Fica distante e termina logo a conversa.

    No link, um esquema da situação descrita acima:

    "Eu sou inadequada"

    Veja também este outro exemplo:

    " Eu sou incompetente"
Fonte: Terapia Cognitiva. Teoria e prática. Judith S. Beck.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Séries de Psicologia e Comportamento Humano...


Séries de Psicologia e Comportamento Humano...
Como viciada em séries que sou, e apaixonada pela psicologia, venho buscando juntar essas minhas duas paixões.  Descobri (e ainda venho descobrindo) que há várias séries interessantes que envolvem a psicologia, psiquiatria e comportamento humano. Venho compartilhar com vocês minhas descobertas e trazer uma pequena sinopse pra se interessa pela tema.

IN TREATMENT

in treatment, em terapia
in treatment, em terapia, hbo, psicologia, series, seriados
 In Treatment  é uma série de televisão americana, do canal HBO, vencedora de um Globo de Ouro e dois Emmys. Produzida por Rodrigo García (ninguém menos que o filho do escritor Gabriel Garcia Márquez). Focaliza com dinamismo uma parte básica da sociedade moderna: a sessão de psicoterapia. Baseado em popular seriado israelense Be ‘Tipul, o programa acompanha a semana de trabalho do psicanalista Paul Weston, mostrando a cada noite uma sessão com seus pacientes – Laura, Alex, Sophie e o casal Jake e Amy – e, às sextas-feiras, mostra a visita de Paul ao consultório de Gina, sua própria psicanalista. Invadindo a mente confusa de um homem cuja profissão é aconselhar os demais, In Treatment oferece uma intricada visão sobre os profissionais nos quais confiamos para obter nossa própria perspectiva.

SESSÃO DE TERAPIA

sessão de terapia
sessão de terapia, gnt, psicologia, series, seriados, selton mello
Produzida pela GNT,é uma adaptação brasileira da série In Treatment, aqui dirigida por Selton Mello e produzida por Roberto D’Avila. São as mesmas histórias, porém com alguma adaptação pra cultura brasileira. Ambientada num consultório de psicanálise, a série de ficção acompanha o dia-a-dia profissional e pessoal do terapeuta Theo. Cada dia ele deve lidar com um paciente diferente (e seus medos, inseguranças, problemas e demônios internos) , o que vai afetar diretamente sua mente e sua vida pessoal em aspectos tanto primitivos quanto necessários, até que, finalmente, na sexta, ele tem uma avaliação de si mesmo feita por sua supervisora e amiga, Dora.

MENTAL 


mental, psicologia, series, seriados
Super produção da FOX da América Latina… que infelizmente teve apenas uma temporada,com 13 episódios. Mas mesmo assim SUPER RECOMENDO.  Com um caso em cada episódio, podemos acompanhar os dramas de um diretor com métodos bastante diferenciados e seus próprios problemas psicológicos. (Hoje existe a versão colombiana chamada Mentes em Choque). ‘Mental’ segue a história de Dr. Jack Gallagher (Chris Vance), um dinâmico, jovem e pouco ortodoxo psiquiatra que se torna o director dos serviços de saúde mental num hospital de Los Angeles. Aqui ele vai ter de conciliar os seus radicais, mas altamente eficazes métodos de tratamento, com o conservadorismo da administradora do hospital Nora Skoff (Annabella Sciorra), com quem partilha um passado romântico. Enquanto Gallagher confronta as mais diversas e complicadas crises dos seus pacientes, ele é capaz de mergulhar rapidamente na mente dos pacientes, não para resolver instantaneamente complexas desordens psiquiátricas, mas para compreender que tipo de pessoas realmente são. Isto poderá permitir-lhe descobrir aquela que poderá ser a chave para a demorada recuperação.

PERCEPTION


perception, psicologia, psiquiatria, series, seriados, tnt
Seriado da TNT que acaba de ter sua segunda temporada renovada. AMEI DEMAIS!!!! Na história, Eric interpreta o Dr. Geoffrey Pierce, um neurocientista excêntrico, que utiliza sua capacidade de compreender o comportamento humano e o funcionamento do cérebro para auxiliar os federais na solução de casos complexos. Pierce trabalha diretamente com Kate Rossi (Rachel Leigh Cook), agente do FBI, sua ex-aluna, que teve a ideia de recrutá-lo para trabalhar com o governo. Além de resolver crimes, Pierce também dá aulas em faculdades. A única forma de conseguir realizar as duas tarefas é mantendo Max Lewicki (Arjay Smith) como seu professor assistente. No elenco também está Kelly Rowan, como Natalie Vincent, a melhor amiga de Pierce, por ser a única a se igualar ao seu intelecto.

LIE TO ME


lie to me, seriado, serie, comportamento humano
Pra quem curte comunicação não-verbal é o seriado perfeito! E, de brinde ainda conta com uma atuação fantástica de Tim Roth na pele do Dr. Cal Lightman como um “identificador de mentira, através de micro expressões faciais”. O seriado é todo baseado em pesquisas em psicologia comportamental e comunicação corporal e circundado com uma trama muito irônica, já que o especialista é louco! Simples assim.  O Seriado ajuda a entender também causas e consequências de ações individuais e coletivas sob um outro ponto de vista.
A série traz as investigações de uma equipe formada por especialistas em detectar mentiras. As mínimas expressões e gestos são interpretados por esses cientistas do comportamento, que prestam seus serviços para diversas entidades, como o FBI, a polícia, empresas particulares ou mesmo pessoas que estejam dispostas a descobrir a verdade que alguém pode estar escondendo. O grupo é liderado pelo Dr. Cal Lightman, um cientista que dedicou toda a sua vida ao estudo do comportamento humano. Lightman ainda conta com a ajuda da sua parceira e psicóloga Dra. Gillian Foster, além do pesquisador Eli Locker e de Ria Torres, uma mulher com o talento natural de interpretar as expressões humanas. Juntos eles formam uma equipe de verdadeiros polígrafos humanos.

HUFF


huff, serie, psicologia, terapia, seriado
Huff foi uma série dramática de televisão norte-americana exibida nos Estados Unidos da América pela Showtime e no Brasil pela A&E. A série foi criada por Bob Lowry e apresenta Hank Azaria como o Dr. Craig “Huff” Huffstadt, um psiquiatra de sucesso cuja vida muda bruscamente quando um cliente de 15 anos comete suicídio em seu escritório. Após anos de ajuda e a lidar com os traumas seus clientes, Huff agora tem de lidar com o seu, por isso, é forçado a reavaliar sua carreira e repensar toda a sua vida. Ainda não vi, e não está muito fácil de achar na net, mas darei minha opinião assim que assisti-la.

WEB THERAPY

web therapy
web therapy, terapia, psicologia, serie, seriado
 Web Therapy é estrelada por Lisa Kudrow como Fiona Wallice, uma terapeuta que põe em prática um novo método de terapia, a Web Therapy. Na sua opinião, a versão tradicional das terapias de 50 minutos dá margem para que os pacientes falem sobre coisas irrelevantes. Encurtando as sessões para apenas 3 minutos, ela espera resultados mais rápidos, já que nesse caso o foco da consulta se volta para o que há de relevante. Suas sessões são feitas pela internet, através de webcams, e são gravadas na esperança de atrair investidores para tornar sua nova técnica uma opção de terapia a nível mundial. Fiona não é boa ouvinte, interrompendo constantemente as sessões com julgamentos, citações de experiências pessoais desnecessárias, e tentativas de promoção do método por parte dos pacientes. Muito do humor da série gira em torno de seus óbvios interesses pessoais nas sessões. Enquanto a primeira temporada aborda sua falta de profissionalismo e seus interesses particulares, a segunda temporada foca no seu relacionamento com o marido.

 CRIMINAL MINDS

criminal minds
criminal minds, serie, seriado, crime, psicologia
Série de suspense focada numa equipe de elite do FBI cuja especialidade é analisar perfis de criminosos, para antecipar seus passos e evitar que eles voltem a atacar. Enquanto detetives comuns estudam as evidências de um crime, esta unidade analisa o comportamento do criminoso até chegar a uma lista de suspeitos. Eles investigam o crime de dentro para fora, ou seja, eles tentam pensar com a cabeça do criminoso. Eles estudam o comportamento dos bandidos, onde eles vivem e trabalham, para descobrir o que pensam. O líder da equipe é o agente especial Jason Gideon, o principal analista comportamental do FBI. Os experts que formam sua equipe são o agente especial Dr. Spencer Reid, um gênio com QI alto e pouca vida social; o agente especial Aaron Hotch, um homem de família capaz de ganhar a confiança das pessoas e descobrir seus segredos; o agente especial Derek Morgan, especialista em crimes obsessivos; e Elle Greenway, uma agente que age motivada pela agressão que sofreu há alguns anos. Cada membro da equipe use sua especialidade para levantar as motivações dos predadores e identificar seus gatilhos emocionais na tentativa de impedir que continuem agindo.

ANGER MANAGEMENT


anger management, series, psicologia
Em “Anger Management”, na história, Charlie interpreta um ex-jogador de baseball, também chamado de Charlie, que teve sua carreira prejudicada graças aos seus rompantes de raiva. Após passar um período fazendo terapia, ele conseguiu estabelecer-se como jogador, chegando ao ponto de disputar partidas importantes. Mas, pouco depois, ele sofreu uma recaída. Em seu último jogo, Charlie tenta matar um morcego que pousou em sua perna batendo nela com o bastão de baseball. O incidente definiu o fim de sua carreira. Assim, Charlie voltou aos estudos.
Agora ele trabalha como terapeuta, tentando ajudar outras pessoas como ele. Além de manter um consultório particular, Charlie também realiza sessões de terapia para um grupo de detentos na cadeia local. Uma atividade pro bono. Mas isto não significa que Charlie já tenha superado seu problema. Sua vida continua um verdadeiro caos. Ainda lutando para controlar seus rompantes de raiva, ele continua frequentando sua própria terapeuta, que neste caso é sua melhor amiga (Selma Blair). Sua vida pessoal também não está passando por uma boa fase. Sua ex-esposa (Shawnee Smith) continua escolhendo os homens errados e sua filha de 13 anos (Daniela Bobadilla) sofre de transtorno obsessivo-compulsivo.

GO ON


go on, terapia, psicologia, serie, seriado
Após uma breve licença, Ryan King (Matthew Perry, o Chandler de Friends), um comentarista esportivo que perdeu sua esposa em um acidente de carro, está pronto para voltar ao trabalho. Porém, apesar de parecer a mesma pessoa à primeira vista, seu chefe o manda para aconselhamento antes de colocá-lo de volta ao ar.
Portanto, um relutante Ryan começa a frequentar um grupo de apoio, com o único objetivo de retomar sua vida profissional. Entretanto, com apenas um dia de terapia, ele toma conta da reunião e começa com a discussão de “quem tem a história mais triste”, o que faz com que os integrantes interajam de forma mais natural.
A completa falta de interesse em se curar de Ryan pode ser o que o grupo precisa e, talvez, algo que o próprio protagonista vai aproveitar para seguir com sua vida. A série é produzida por Scott Silvestrini (Friends).
Pra quem também gosta do tema, e souber de mais séries nessa linha, avisem. O vício aqui é grande! 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Filme Ferrugem E Osso...Filme que descreve o Sentir...


 Filme Ferrugem E Osso

 (De rouille et d’os / Rusty and Bones) - Bélgica/França, 2012.
Encarregado de cuidar de seu filho, Ali deixa a Bélgica e viaja para Antibes para viver com sua irmã e seu marido como uma família. O vínculo de Ali com Stephanie, uma treinadora de baleias assassinas, cresce cada vez mais, depois que Stephanie sofre um acidente horrível.
Todos tem medo do fracasso. Perder um emprego, o desfazer de um casamento, a morte, a solidão. Mas o que dói mais não é momento em que se perde tudo, mas sim o refazer, o reconstruir, o começar de novo. Uma nova vida não se faz em um dia, uma semana. Talvez demore mais de um mês, mais que um ano. E nesse processo tendemos a errar ainda mais. É doloroso ter que aprender a andar novamente, mas com as cicatrizes para nos lembrar, com as marcas da derrota na pele é ainda mais doloroso. E é disso que o filme Ferrugem e Osso (De rouille et d’os / Rusty and Bones) se trata. É um filme honesto, direto e muito sensível. O longa mostra que nem sempre aquilo o que achamos mais lindo e poético é o que nos acontece. E, no momento em que tudo ao nosso redor desmorona, nós temos as nossas marcas, nossas cicatrizes, nossos ossos quebrados que nos lembram o que é realmente importante.
Crítica | Resenha do filme Ferrugem e Osso
Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts dão uma aula de interpretação em cenas tocantes e sublimes
Muitos afirmaram que o filme, que também é francês, lembra muito o sucesso mundial Os Intocáveis. Na trama deste outro filme de produção francesa temos um personagem que tem problemas físicos e depende de outro para suas tarefas básicas. Esse outro é ríspido, duro, direto. E eles aprendem um com o outro a serem pessoas melhores. Mas as semelhanças terminam aqui. Ferrugem e Osso é muito mais direto e corajoso. É como um soco no estômago. Não emociona com cenas bonitas e românticas. Ele choca  justamente pelo oposto. É impactante pela agressividade de um pai com seu filho, é cortante quando revela a crueldade do destino com uma mulher. É marcante pela solidão de uma criança. E tudo isso nos comove. Como eu disse anteriormente, é disso que o filme se trata.
O filme é uma história de amor que começa quando dois mundos desmoronam
Crítica | Resenha do filme Ferrugem e Osso
Uma história de amor? Sim. Entre pessoas que os mundos estão completamente destruídos.
A atuação de Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts é magnífica. Sensível, a atriz mostra toda a angústia e desespero da personagem. A fotografia é linda, mostrando em cada cena a ambientação adequada, como no momento em que Stéphanie (Marion Cotillard) sai de seu apartamento e sente o sol depois de muito tempo. O filme foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2012. Justíssima indicação.


Crítica | Resenha do filme Ferrugem e Osso

quarta-feira, 6 de março de 2013

Jaspers e a autonomia da Psicopatologia

Jaspers e a autonomia da Psicopatologia

Por José Mauricio de Lima



shutterstock
Jaspers propõe analisar as manifestações psíquicas tendo como base elementos da Fenomenologia. com isso, torna a psicopatologia uma ciência autônoma, infuenciando a psicologia e a psiquiatria


Atribui-se a Karl Jaspers (1883-1969) a seguinte afirmação: “Os psiquiatras devem aprender a pensar”. Essa sentença revela de início o caráter crítico deste pensador, que irá fundar a Psicopatologia como disciplina fenomenológica. De formação científica na origem, Karl Jaspers chegou à Filosofia passando antes pela medicina, principalmente pela Psiquiatria. Nesse percurso, ampliou consideravelmente o seu campo de conhecimento tornando-se um humanista que busca as suas raízes nas fontes clássicas da cultura.
Jaspers se colocou contra a excessiva objetividade característica da Psiquiatria francesa, em contraposição à Psiquiatria alemã que se preocupava majoritariamente com articulações teóricas. Sua preocupação consistia em pensar a relação entre a Ciência e a Filosofia: “não só explicar a racionalidade científica pela reflexão filosófica, como, sobretudo, compreender, mediante tal esforço, o caráter específico do processo filosófico, com seu paradoxo fundamental: pensa-se em termos objetivo mesmo que não haja objeto.” A questão seria: “Como é que esse processo poderia provar objetivamente sua legitimidade?” Essa foi, também, uma das críticas que Edmundo Husserl (1859-1938) fez ao método empírico da Ciência tradicional para em seguida propor o método fenomenológico como o caminho “às coisas mesmas”, possibilitando uma fundamentação para as ciências. Isso porque, como será visto adiante, o fenomenólogo deve se libertar de teorias, pressuposições ou hipóteses explicativas. A apreensão do fenômeno deve ocorrer em primeira mão. Na pesquisa empírica, ao menos na maioria dos casos, quem vive a experiência não é o pesquisador, mas sim o sujeito da pesquisa.
É certo que Jaspers valorizava a Ciência por seu caráter pragmático. Para ele, a Ciência se ocupa exclusivamente de solucionar os problemas práticos do homem a fim de tornar sua vida mais fácil. Mas por causa dessa unilateralidade a Ciência não seria capaz de explicar a totalidade do real, faltando-lhe para tal a inter-relação dos vários ramos do saber humano. Ele afirma que há 25 séculos se filosofou e o resultado foi o surgimento de inumeráveis sistemas contraditórios. Embora o pensamento filosófico seja mais antigo do que a ciência positiva que conhecemos hoje, não há nem sequer um reduzido número de proposições sobre as quais os filósofos estejam de acordo.
No seu livro Psicopatologia Geral, com sua primeira edição publicada em 1913, onde se propõe a discutir intensamente as questões relativas à enfermidade psíquica, faz uma crítica conceitual sistemática da psicopatologia e propõe uma classificação “não dogmática”, baseada numa reflexão metodológica e numa contestação do paralelismo psicofisiológico. Seu objetivo é separar a compreensão estática da compreensão genética dos fatos psíquicos e de suas relações causais. Assim, descreve a Psicopatologia como uma disciplina voltada tanto para a explicação causal dos fenômenos quanto para a compreensão das vivências subjetivas.
Ao delimitar o campo de atuação da Psicopatologia Geral, Jaspers define a “Psiquiatria como profissão prática e Psicopatologia como Ciência”, sendo esta última responsável pelo estudo das manifestações da consciência, sejam essas manifestações consideradas normais ou anormais, asseverando que: “Aqui todo trabalho se relaciona com um caso particular. Não obstante, para satisfazer a exigência decorrente dos casos particulares, o psiquiatra lança mão, como Psicopatologista, de conceitos e princípios gerais (...)seus limites consistem em jamais poder reduzir o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos.”(Jaspers)
TV GLOBO / JOÃO MIGUEL JUNIOR
Tarso, personagem de Caminhos das Índias, que sofre de esquizofrenia
PSICOPATOLOGIA: CONCEITO E APLICAÇÃO
Levado ao pé da letra, o termo Psicopatologia, que vem do grego, signifca “doença do espírito”. A Psicopatologia estuda os fenômenos anormais da mente e as manifestações de comportamentos e de experiências que podem indicar um estado psicológico anormal. ela procura estudar tais fenômenos exatamente como se apresentam à experiência imediata de quem os vive e, para isso, leva em conta os gestos, o comportamento e as expressões dos enfermos, além dos relatos e das autodescrições feitas por esses.
Para Jaspers, a Psicopatologia é vista como ciência pura, com fins atrelados exclusivamente ao conhecimento. Diferentemente da Psiquiatria, que é um ramo da medicina e tem entre seus objetivos diagnosticar, tratar e prevenir doenças mentais. em relação à Psiquiatgria, a Psicopatologia, na visão de Jaspers, teria como objetivo conhecer e descrever os fenômenos psíquicos patológicos para levantar as bases de sua compreensão.
ARQUIVO CIÊNCIA & VIDA
Vicent van Gogh
Ele fundamenta os estudos das patologias mentais na Fenomenologia (que propõe a descrição a partir das manifestações observáveis), procurando ter uma visão global do sujeito e do meio em que está inserido, em detrimento de outros tipos de análises mentais focadas nos sintomas patológicos.
São diversos os transtornos mentais existentes e as formas de classifcá-los. todos eles são alvo de investigação da Psicopatologia. nesta categoria estão, entre outros, a anorexia e a bulimia, a demência, os transtornos de personalidade, os transtornos de humor e a esquizofrenia.
A esquizofrenia, por exemplo, afeta as emoções, o pensamento, as percepções e o comportamento, provocando sintomas como alucinações, delírios e perda de contato com a realidade.
É o caso do personagem tarso, vivido por Bruno Gagliasso na novela Caminho das Índias, exibida pela rede globo. Durante as crises, ele ouve vozes e acredita estar sendo perseguido.
Muitas personalidades importantes para a ciência e a Arte sofreram deste mal. Na obra Gênio e Loucura (1922) – não traduzida para o Português –, Jaspers examina a autonomia das criações artísticas produzidas por quatro gênios diagnosticados como sendo esquizofrênicos: August Strindberg, Emanuel Swedenborg, Friedrich Hölderlin e Vicent Van Gogh. Van Gogh teve seu período mais produtivo nos últimos anos de vida, quando a doença estava mais grave.
PÁGINAS :: 1 | 2 | 3 | Próxima >>

domingo, 3 de março de 2013

Universo particular

Patologia

Universo particular


A Síndrome Asperger se revela nos mais íntimos complexos humanos - no olhar, no gosto e na relação social -, o que não impede, contudo, o percurso de uma vida normal

Por Marcelo Jucá



shutterstock

Quando Ubiratan foi informado de que seu filho, então com 3 anos, deveria recorrer a acompanhamento médico ou terapêutico, pois de forma alguma ele conseguia se relacionar com os colegas e participar das atividades escolares, o susto foi tremendo. Preocupado, trocou o menino de escola, optando por uma que oferecesse apoio psicológico para as crianças. Logo no começo, conversou com os profissionais e professores a respeito das dificuldades que o filho enfrentava.
Mas bastaram poucos meses para que todos chegassem ao consenso de que o problema estava além da simples socialização e envolvia outras dificuldades que somente um especialista poderia cuidar. A grande dúvida era qual profissional procurar, pois até o momento ninguém sabia qual era o problema. O garoto era quieto, não se relacionava com outras crianças e dificilmente olhava nos olhos de seus interlocutores. E mais, tinha uma adoração especial por trens.
Depois de muitas idas e vindas a diferentes profissionais, um neuropediatra conseguiu fechar o diagnóstico. Síndrome de Asperger, um tipo de autismo (ver quadro Autismo e Asperger) que se desenvolve, principalmente, em crianças do sexo masculino, apesar de ninguém ainda saber exatamente o que origina seu problema.
A Síndrome Asperger se revela nos mais íntimos complexos humanos – no olhar, no gosto e na relação social –, o que não impede, contudo, o percurso de uma vida normal
Os “aspies” – como se autodenominam os portadores da síndrome – não apresentam nenhum traço físico aparente da doença e possuem inteligência tão desenvolvida quanto a sua ou a minha. Suas dificuldades de comunicação são confundidas muitas vezes como mera timidez, enquanto, na verdade, enfrentam problemas de primeira ordem relacionados à sociabilidade, compreensão da linguagem e interesse exclusivos por determinados assuntos, o que abala as estruturas convencionais na formação de vínculos com a sociedade
Marcelo Jucá é jornalista e colabora com esta publicação

Para saber mais
Autismo e AspergerDe acordo com o psiquiatra Ami Klin, autismo e sín­drome de Asperger são duas patologias diferentes, apesar de semelhantes em alguns sintomas. Como define o especialista, “autismo e síndrome de Asperger são entidades diagnósticas em uma família de transtornos de neurodesenvolvimento nos quais ocorre uma ruptura nos processos fundamentais de socialização, comunicação e aprendizado. Esses transtornos são coletivamente conhecidos como transtornos invasivos de desenvolvimento.”
A escolha de grande maioria de médicos e psicólogos se referir a Asperger como “um tipo de autismo” se diz em razão do conhecimento prévio que se tem do autismo e de seus sintomas, o que justifica a compreensão mais fácil do público leigo.
Como consequência, da infância até a vida adulta, são potenciais vítimas de bullying e podem apresentar tendências depressivas e tornarem-se sedentários, entre outros problemas que dependem do indivíduo e do meio social que o cerca. Tudo isso se eles enfrentarem as dores sozinhos. O papel dos pais é de extrema importância nesse percurso e, como salienta a neurologista Carla Gikovate, todos os portadores da síndrome podem aprender tudo, ter um trabalho, beijar a namorada e ter uma vida normal. “Meu filho, hoje com 6 anos, é um exemplo disso”, orgulha-se o pai Ubiratan, que o vê enfrentar diariamente seus abismos internos.

Retrato da nova geração

Cinema

Retrato da nova geração

Gossip Girl é um seriado repleto de inversão de valores morais, de crueldade e perversão, disfarçados em moda, glamour, dinheiro e alta sociedade

Por Eduardo J. S. Honorato e Denise Deschamps



Imagens: DivulgaçãoToda geração tem um seriado que representa sua juventude com maior fidedignidade. Desde Barrados no Baile até Dawson’s Creek, passando por temáticas grupais da adolescência, em que essa fase do desenvolvimento humano é mostrada com suas conflitivas típicas. Nada mais natural entender essa fase tão complexa do desenvolvimento humano.Com Gossip Girl não é diferente, mas o que chama atenção é sua temática central: perversão. O núcleo do seriado está em uma suposta “fofoqueira” que usa seu site, redes sociais e os serviços de telefonia celular (SMS) para espalhar intrigas e segredos, praticando anonimamente o que se chama hoje de ciberbullying.

A banalização de temas como mentira, traição, chantagem, desonestidade, entre outros, é constante; mesmo assim, a série já está no seu quinto ano de exibição, possuindo fãs de todas as idades.

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Ao longo dos episódios acompanhamos a vida de um grupo de milionários de Manhattan, Nova York. A princípio são apenas mais um quarteto de riquinhos e mimados, mas com o desenrolar da trama é possível perceber a distorção de valores que se construiu nessa sociedade do consumo desenfreado. Esses exageros apresentados no seriado nos fazem questionar fatores importantes na formação de personalidade, tais como família, bom senso, respeito, individualidade e verdade, e até que ponto perdemos esses referenciais. O fundo dessa questão é o mundo adulto, partido, perdido, tão desorientado que não atua mais como um modelo possível. Se formos analisar, o mundo inteiro sem barreiras etárias vive de forma muito homogênea as questões do momento, e, como diria a psicanalista Maria Rita Kehl, a juventude obedece e sublinha (polariza e aumenta) os padrões de seus pais.

Se entendemos “personalidade” como aquilo que “somos”, que nos constitui, incluindo comportamentos, sentimentos, ações e maneiras como percebemos e lidamos com o outro, compreendemos que a formação dessa personalidade, ou estrutura, se dará ao longo dos anos. Um processo gradual, complexo e contínuo, que se inicia na infância e reafirma na adolescência, chegando à fase adulta como um padrão consistente de relação com o meio. Aqui entenderemos os papéis então que a família, religião, valores e educação teriam nessa equação.

"A BANALIZAÇÃO DE TEMAS COMO MENTIRA, TRAIÇÃO, CHANTAGEM, DESONESTIDADE, ENTRE OUTROS, É CONSTANTE; MESMO ASSIM, A SÉRIE JÁ ESTÁ NO SEU QUINTO ANO DE EXIBIÇÃO, POSSUINDO FÃS DE TODAS AS IDADES"

Imagens: Divulgação
O dinheiro e a fama são temas abordados na série, mostrando que ao estarem em evidência na vida dos personagens deixam uma lacuna de valores morais e éticos
Imagine então um cenário onde crianças muito ricas, sem qualquer parâmetro de valores, moral, sem cuidados ou figuras parentais presentes constroem suas personalidades patologicamente. Bingo.... temos um ambiente mais do que propício para o que chamamos de “transtornos de personalidade”.

PADRÃO DE COMPORTAMENTO
Nos primeiros anos do seriado temos esses jovens ainda em formação, e muito pode ser entendido como “fase” ou “passageiro”. Porém, ao adentrarem a faculdade e atingirem a maioridade percebemos que esse padrão dos nossos personagens se mantém, caracterizando como personalidades com prejuízo na adaptação e relação com o meio, causando sofrimento psíquico para eles e principalmente para aqueles que os cercam.

Estamos aqui falando especificamente do famoso quarteto de Upper East Side: Blair Wardolf, Serena van der Woodsen, Chucky Bass e Nate Archibald. A cada episódio é notável como a maneira que expressam suas emoções (afeto), o comportamento social, funcionamento interpessoal e suas percepções de si e dos outros está totalmente alterada e mal adaptada. Todos têm grande falha de caráter e são danosos a si mesmos e àqueles que os cercam. Talvez representem o que chamamos de Cluster B, ou Grupo B, dos transtornos de personalidade, classificados no DSM-IV-TR. São dramáticos, imprevisíveis e irregulares. Este é um dos grupos mais comuns nos consultórios e talvez o mais fácil de ser reconhecido, dada a complexidade e instabilidade que o nosso meio proporciona. Muito confundidos com “rebeldes”, são inconstantes, egoístas, dramáticos, sedutores, manipuladores, imprevisíveis e não sabem ouvir um “não” como resposta. De meninos e meninas mimados, tornaram-se adultos com falhas graves de caráter.
Imagens: Divulgação

Eduardo J. S. Honorato - Psicólogo e psicanalista. Denise Deschamps - Psicóloga e psicanalista. Autores do livro Cinematerapia: Entendendo conflitos. Participam de palestras, cursos e workshops em empresas e universidades sobre este tema. Coordenam o sitewww.cinematerapia.psc.br





"O FUNDO DESSA QUESTÃO É O MUNDO ADULTO, PARTIDO, PERDIDO, TÃO DESORIENTADO QUE NÃO ATUA MAIS COMO UM MODELO POSSÍVEL. O MUNDO SEM BARREIRAS ETÁRIAS VIVE DE FORMA MUITO HOMOGÊNEA AS QUESTÕES DO MOMENTO"

Para incrementar esse drama, algumas vítimas adentram a história. Rufus Humpfrey e seus dois filhos, Dan e Jenny, se mudam para a cidade. Dan é mais velho, portanto mais estável e menos influenciado por toda a tentação que o dinheiro atrai. Não podemos dizer o mesmo de Little Jenny, que está reafirmando sua personalidade e mesmo com sua base familiar sólida se deixa levar pelo nosso quarteto perverso.

http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/74/artigo250047-1.asp