domingo, 3 de março de 2013

RESUMO - Uma nota sobre o inconsciente na Psicanálise (1912)


RESUMO - Uma nota sobre o inconsciente na Psicanálise (1912)


Freud I - RESUMO - 2ª Unidade
Uma nota sobre o inconsciente na Psicanálise (1912) 
vol. XII - Obras Completas de Sigmund Freud.
           

- Neste texto Freud expõe o que os termos “consciente” e “inconsciente” significam na teoria psicanalítica.

Consciente
- concepção que está presente em nossa consciência
- nos damos conta

Latente
- conteúdos inconscientes
- não são conteúdos fracos
- conteúdos pré-conscientes – podem reaparecer na consciência a qualquer momento

Inconsciente
- concepção que não estamos cientes
- sua existência pode ser admitida devido a provas, como atos falhos, esquecimentos, sonhos, etc.
- conteúdos com caráter dinâmico, intensidade e atividade
- conteúdos que se mantêm fora da consciência

- Maneiras de verificar a distinção entre o consciente e inconsciente
            → Experimento de Bernheim com sugestão pós-sináptica: Enquanto o paciente estava em estado hipnótico, recebia uma ordem dada pelo médico. Embora não se lembrasse do que foi dito depois de despertar, em um determinado momento realizava a ordem lhe foi dada, de forma consciente, mesmo sem saber o motivo desta ação. Ou seja, a ordem ficou em estado latente ou inconsciente na mente do paciente e no momento determinado, veio à consciência, mas não em sua totalidade. Muitas outras idéias associadas a ordem dada permaneceram no inconsciente.
            → Fenômenos histéricos e outros naturais: A mente do paciente está repleta de idéias inconscientes. Os sintomas histéricos, por exemplo, procedem destas idéias, apesar do paciente não ter conhecimento disso. Mas estas podem ser detectadas e tornarem-se conscientes através do processo psicanalítico.

- Assim, tem-se que uma atividade pré-consciente (latente) passa para a consciência sem dificuldades e uma atividade inconsciente assim permanece e parece ficar isolada da consciência.
- Quando se tenta trazer uma idéia inconsciente à consciência, somos tomados pela ação da resistência. Desta forma, a idéia inconsciente fica excluída da consciência por forças vivas de defesa, que dificultam sua passagem de uma instância psíquica para outra.
- “A inconsciência é uma fase regular e inevitável nos processos que constituem nossa atividade psíquica” (p.283)
- Todo ato psíquico começa inconsciente, e pode permanecer assim, devido a ação das resistências, ou evoluir para a consciência.

- Freud faz uma ressalva a respeito da distinção entre a atividade pré-consciente e inconsciente bem como o reconhecimento da barreira que os mantêm separadas não são o resultado mais importante da investigação psicanalítica, mas sim os sonhos. “A psicanálise se fundamenta na análise dos sonhos e a interpretação deles constitui a obra mais completa que a jovem ciência realizou até o presente momento.” (p. 283)

- Formação onírica mais comum pode ser assim descrita:
            → Uma seqüência de pensamentos ocorridos durante o dia encontra vinculação com representantes inconscientes presentes desde a infância no inconsciente. Com a força do trabalho de elaboração onírica, estes pensamentos voltam a consciência, na forma de sonho. Para isso, três coisas aconteceram:
1)    Os pensamentos sofreram uma transformação, um disfarce pela ação de defesas inconscientes;
2)    Os pensamentos ocuparam a consciência em um momento que não poderiam;
3)    Uma parte do inconsciente, que não poderia fazer de outra maneira, surgiu na consciência  

- Mediante a investigação mais profunda sobre os processos da formação onírica, Freud pôde inferir que as leis inconscientes diferem amplamente daquelas aplicadas à consciência. E ressalva que seus estudos ainda não estavam completos em relação ao inconsciente, apesar de dizer que “ele pertence a um sistema de atividade psíquica merecedor de nossa plena atenção.” (p. 285)


Maio/2012 - Elaborado por Karina de Queiroz Bueno, Equipe de Monitores de Psicanálise - PUC/SP – Campus Barueri .

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